Se as baixas temperaturas exigem atenção especial das pessoas com a saúde, para os animais não é diferente. Eles também sofrem com problemas respiratórios e alergias na pele, e ficam mais suscetíveis à gripe, pela redução da imunidade. Raças que possuem pelo baixo demandam ainda mais cuidado por parte dos tutores.

Muito comuns no inverno, as roupas para cães e gatos ajudam a manter os pets quentinhos, mas não devem ser usadas por períodos prolongados, como explica a médica veterinária Manuela Oliveira Hammes. “As roupas podem causar fungos e dermatites alérgicas. É interessante usar quando houver troca brusca de temperatura, quando for sair à rua, mas não deixar o tempo todo”. Entre o outono e o inverno ocorre também a troca do pelo, há a perda dos fios finos do verão e o crescimento da pelagem mais grossa, para o frio. Manuela explica que os animais fazem a própria regulação térmica, e a tosa baixa deve ser evitada nesse período.

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Os pets sofrem com as mesmas doenças respiratórias que os humanos, como rinite, bronquite, sinusite e outras complicações, entre elas a gripe. “Para os cães, a gripe é transmitida através de uma bactéria, e o contágio pode ocorrer em qualquer época do ano, não somente no inverno”. Manuela orienta que os proprietários façam a vacina, não sendo necessário aguardar a chegada do frio. “Se o animal for vacinado no verão, essa proteção se estende pelo restante do ano”, frisa.

Manter os bichos em local aquecido, abrigado da chuva e do vento, está entre os principais cuidados, mas existem outros. Animais com algum tipo de problema cardíaco são os que mais sofrem com as baixas temperaturas, e, para isso, é preciso estar atento à condição de saúde. “A partir dos 8 anos, o cão já é considerado idoso. Então, é importante que haja um acompanhamento periódico”. Manuela alerta que as doenças renais e hepáticas são silenciosas, e que o diagnóstico precoce é determinante para o sucesso do tratamento.

Quem opta por dar banhos em casa precisa estar atento às variações bruscas de temperatura, que podem desencadear até mesmo pneumonia nos bichos. Raças de pelo curto, como pinscher e dachshund, sofrem ainda mais.

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Outro ponto de destaque diz respeito à alimentação. No inverno, é comum que as pessoas consumam comidas mais pesadas, como pizza, sopas e feijoada. A veterinária diz que os pets, apesar de muitas vezes tratados como membros da família, não devem ter sua alimentação alterada porque a dos donos mudou. “Recebo muitos casos de intoxicação por chocolate e feijão, alimentos que os cães não podem comer”, finaliza.

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