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Pandemia em família

O novo Dia das Mães: das estreantes e dos filhos a distância

Foto: Alencar da Rosa

Para dona Marta e Leila, o Dia das Mães neste ano será um pouco diferente

Este domingo, 10, será o dia de reconhecer o carinho e o zelo que toda mãe tem pelos seus filhos. É Dia das Mães, e mesmo para aqueles que não têm mais a companhia física dela, o fim de semana é de puro amor. A data é tão importante que o próprio comércio a considera como a segunda melhor em vendas – e para alguns segmentos, é a época mais valiosa.

Valor que vem do coração dos filhos, do abraço apertado, do beijo demorado e do colo que cura qualquer dor. Porém, quis o destino que neste ano filhos e mães reinventem o dia que enche o lar de carinho. Para evitar o contágio com a Covid-19, mães abençoam seus pequenos – de todas as idades – por meio da tela do celular. Filhos refazem as juras de amor em mensagem. Quem experimentou a maternidade agora vive essa nova experiência de maneira diferente. Já para quem recebeu a cegonha por meio da adoção, o “fique em casa” está servindo para aproximar mães e filhos do coração. Este domingo é dia de amor, dia de mãe estar presente, mesmo que a distância.

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Separação forçada por conta do coronavírus

Desde que começaram as restrições de visitas, por causa da pandemia do novo coronavírus, no fim de fevereiro, a enfermeira Fernanda Bernardes Rodrigues, de 33 anos, parou de visitar a mãe em Cachoeira do Sul. Dona Marta luta contra um câncer e, por isso, está entre os grupos de maior risco quando contaminados pelo novo coronavírus.

No trabalho, Fernanda enfrenta o vírus na Unidade de Terapia Intensiva (UTI-Covid) do Hospital Santa Cruz e entende que o momento ainda é de distanciamento. “Eu falo com ela por videochamada, no telefone. Conversamos à noite, ao meio-dia, sempre que dá tempo. Minha irmã mora em Porto Alegre e neste domingo também não irá ver a mãe em Cachoeira”, explicou.

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Fernanda já é mãe também. Neste fim de semana passará com a sua baixinha, em casa. Acostumada a ficar fora aos domingos, pois tem 13 anos de enfermagem no currículo, ela sabe a importância que é se proteger e cuidar daqueles que ama. Na UTI-Covid, a enfermeira se paramenta como se fosse a uma missão no espaço. Acima do jaleco e uniforme usa uma roupa impermeável, acompanhada de máscara e luvas. “Geralmente eu trabalhava no Dia das Mães. Este ano não, mas também não tem como ir ver a minha mãe na casa dela.”

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A enfermeira já faz planos para o pós-corona. No último feriado de 1º de maio, Fernanda esteve com o namorado na localidade de Formosa, no interior de Vale do Sol. As selfies que ela tirou no local encantaram a mãe, que agora quer conhecer o cenário das fotografias. “Assim que possível vou levar ela lá. A minha mãe ama uma pescaria, gosta muito do interior. Este dia será uma festa”, prometeu.

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Fernanda se comunica com sua mãe por videos chamadas durante a pandemia

No Centro de Santa Cruz do Sul, a maranhense Leila Basílio, de 46 anos, mata a saudade dos filhos por meio do WhatsApp. Ela criou o grupo “Filhinhos da Leila”, para se comunicar com Camila, que mora em Carlos Barbosa, na Serra Gaúcha; Lucas, que segue em São Luís do Maranhão, terra natal de Leila, e o primogênito Wellington, que mora com ela em Santa Cruz do Sul. Leila veio para o município por causa de um amor. Constituiu a vida aqui e neste ano passará o Dia das Mães com o “ninho” fragmentado. “Camila e Lucas iriam vir para Santa Cruz neste ano. Tínhamos combinado o Dia das Mães antes da pandemia”, explicou.

Embora esteja longe de parte dos filhos, Leila não deixa de interagir com eles. Para receber a Gazeta do Sul em casa, a mãe “maranhucha”, que adora chimarrão e o frio, pediu opinião de Camila para vestir-se e posar para as lentes da Gazeta. “A gente conversa tudo pelo grupo, ninguém fica sozinho. Eu me preocupo com eles também, pois não só aqui, mas em Carlos Barbosa e São Luís tem coronavírus. E mãe que é mãe fica aflita.” Leila não vê a hora de poder juntar a turma e comemorar tudo que está atrasado. Ela aposta no próximo 12 de junho, dia do seu aniversário.

Os filhinhos da Leila cabem na palma da mão da mãe, a “maranhucha”

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