Segue em Santa Cruz do Sul o bate-boca entre o prefeito Telmo Kirst (PSD) e o vereador e ex-líder do governo na Câmara de Veradores Edmar Hermany (PP). Na segunda-feira, após Hermany afirmar na tribuna que a ex-coordenadora do Escritório da Mulher, Priscila Froemming, que é ligada ao PP, teria sido demitida do cargo por não aceitar pressão para trocar de partido, Telmo desmentiu o parlamentar e afirmou que ele foi “o pior prefeito da história” – Hermany governou Santa Cruz de 1993 a 1996.

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Nessa terça-feira, 15, Hermany enviou uma breve nota à coluna Panorama, da Gazeta do Sul. “Depois de ter expulsado a Helena do gabinete, não me surpreende esse festival de grosserias”, escreveu, em referência ao episódio da suposta expulsão da vice-prefeita Helena Hermany (PP) de seu gabinete em março. Por causa desse episódio, Telmo responde a uma ação de improbidade administrativa.

Essa é a segunda vez em menos de três meses que Telmo e Hermany trocam rusgas publicamente. No fim de julho, após Hermany protocolar um projeto que flexibilizava a lei dos vales, Telmo disse que a gestão dele “não foi exemplo para nada.” “Se eu cometi um erro político na vida, foi ter apoiado a candidatura dele a prefeito”, disse, na ocasião.

“Trânsfuga reiterado”
Quem também se manifestou nessa terça-feira foi o presidente municipal do PP, Henrique Hermany. Na mesma nota em que atacou Hermany, Telmo disse que o PP “não está mais no governo”.

Em nota, Henrique afirmou que o PP “continua no governo e muito bem representado pela vice-prefeita”. “Aliás, a vice-prefeita e a senadora Ana Amélia, ambas do PP, foram responsáveis por trazer mais de R$ 47 milhões em obras para Santa Cruz neste governo”, diz o texto. Henrique ainda se refere a Telmo como “um trânsfuga reiterado, que troca de partido conforme suas conveniências e interesses pessoais”.