A Justiça afastou, temporariamente, o mandato do vereador Paulo Lersch nesta quarta-feira, 5. A Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul foi notificada da decisão nesta tarde. Um assessor do político, Carlos Henrique Gomes da Silva, também foi afastado das atividades. Os dois foram presos durante uma operação do Ministério Público, desencadeada durante a tarde. O suplente de Lersch na Câmara, Alberto Heck (PT), vai assumir o cargo na segunda-feira, 10. “Esperamos que todos os fatos sejam apurados”, disse a presidente do Legislativo, Bruna Molz (PTB), em coletiva de imprensa.
Por meio da Operação Feudalismo, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, cumpriu um mandado de busca e apreensão nesta tarde no gabinete de Lersch e na casa dele. O MP denunciou Lersch, a mãe dele, Nersi Ana Backes, e o assessor parlamentar Carlos Henrique Gomes da Silva. De acordo com a denúncia, as investigações começaram em 2016. Áudios obtidos por interceptações telefônicas, autorizadas pela Justiça, apontaram que Paulinho teria passado a exigir direta ou indiretamente vantagens indevidas, por meio de parte dos salários de dois assessores e de servidores que ocupam cargos em comissão (CC).
A prisão aconteceu dois dias depois de o vereador ser afastado do Partido dos Trabalhadores (PT). A decisão de afastá-lo foi tomada pelo diretório estadual em uma reunião realizada no último sábado. Lersch é alvo de um procedimento disciplinar na Comissão de Ética do partido. O afastamento do vereador tem validade de 60 dias ou até que o procedimento seja concluído na Comissão de Ética.
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