Esta sexta-feira é dia de fazer barulho contra uma doença silenciosa: a hepatite. Desde 2010, a Organização Mundial da Saúde (OMS) utiliza o dia 28 de julho para enfatizar a necessidade de prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites virais. Em Santa Cruz do Sul, nesta sexta-feira, não será diferente. Todos os postos de saúde irão realizar testes rápidos e distribuir material informativo sobre a doença.
A hepatite pode ser do tipo A, B, C, D e E. No entanto, as mais comuns são a B e C. No ano passado, Santa Cruz registrou 65 novos casos do tipo C e 20 do B. Neste ano, entre os dois tipos, 40 novos casos já foram notificados. De acordo com a responsável pelo Ambulatório Municipal de Hepatite, Elsi Terezinha Hass, os índices de ocorrência da doença estão abaixo do estimado pela Secretaria Municipal de Saúde.
Segundo ela, é possível que mais pessoas tenham a enfermidade, mas não saibam disso, já que a hepatite é muito silenciosa. “Por isso, é importante fazer o teste”, ressalta. Os sintomas, além de quase imperceptíveis, variam muito. O procedimento é semelhante à medição de glicose: o profissional faz uma picada no dedo do paciente com um aparelho equipado com uma agulha e, em até meia hora, o resultado é conhecido.
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O portador da doença pode apresentar indisposição, dores nas articulações, dor de cabeça e lesões na pele. Quando as hepatites B e C estão em estágio avançado, no entanto, há comprometimento dos rins e inchaço na barriga. Por se tratar de uma infecção no fígado, é possível que haja complicações, como câncer no órgão e até morte. Em muitos casos, é necessário transplante de fígado.
Prevenção
O melhor método de prevenção contra a hepatite B é a vacina. Além disso, é necessário evitar o contato com o vírus, que é muito resistente e capaz de ficar em um alicate de manicure por até uma semana, por exemplo. Em Santa Cruz, os principais meios de contágio são por compartilhamento de seringas, no caso de usuários de drogas, transfusões de sangue antigas, tatuagens, partos e relações sexuais.
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Desde o ano passado, um novo método de tratamento foi implantado. Os medicamentos são via oral e precisam ser usados entre três e seis meses, dependendo da gravidade do caso. Os remédios são fornecidos pelo Estado e são encaminhados aos municípios quando solicitado por um paciente diagnosticado com hepatite.
No Estado
Conforme o último relatório divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, de 2015, havia 1.797 casos de hepatite no Rio Grande do Sul. A maioria dos infectados contraiu o vírus a partir de relações sexuais. Na região de abrangência da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), foram 77 casos naquele ano.
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