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Política

O que esperar da eleição para presidente da Câmara

Às vésperas da eleição para a presidência da Câmara de Santa Cruz do Sul, a tendência é que o grupo apoiado pelo prefeito Telmo Kirst (PSD) mantenha o controle do Legislativo em 2020. A votação está marcada para a próxima terça-feira, 17.

Após várias semanas de negociações, o grupo governista fechou questão em torno de Elstor Desbessell (PTB) para encabeçar a chapa. Elstor, que até o ano passado era um dos principais líderes da oposição, adotou um discurso mais moderado ao longo de 2019 e se aproximou do Palacinho. Em março, ele vai se filiar ao PL.

O grupo calcula que possui nove votos, o suficiente para eleger a chapa. Outros dois dissidentes do PTB pretendem apoiar Elstor: a atual presidente, Bruna Molz, e Luís Ruas, que também vêm se alinhando a Telmo e devem trocar de partido no ano que vem.

A votação prevista para a manhã desta quarta-feira, do pacote de financiamentos anunciado ontem pelo governo, será uma espécie de termômetro da eleição. Ontem, aliás, o grupo esteve reunido com Telmo no gabinete antes do anúncio para tratar do pacote. Dos nove, oito compareceram – Gerson Trevisan (PSDB) alegou que estava em um compromisso em Porto Alegre.

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Elstor será o candidato dos governistas

Na outra ponta, a frente formada por oposicionistas e pelo bloco independente tenta arregimentar apoio para virar o placar – um dos mais visados é justamente Trevisan, que foi destituído da liderança de governo por Telmo no fim de novembro. Embora os nomes de Alberto Heck (PT) e Mathias Bertram (PTB) já tenham sido ventilados, a nominata não foi fechada em função da expectativa de ainda atrair alguém do grupo governista. “Tenho esperança de que esse grupo vai chegar a nove vereadores. Se não der, vamos ter pelo menos oito”, afirmou ontem Hildo Ney Caspary (PP), que está à frente das tratativas.

Essa contabilidade, porém, leva em conta ao menos dois nomes que ainda não garantiram voto. Um deles é Carlão Smidt (PTB), que chegou a ser sondado para encabeçar a chapa, mas diz que só vai se definir no fim da semana. Outro é Alex Knak (MDB), que admitiu ontem a possibilidade de se abster na votação. “Se a eleição fosse hoje, eu votaria em branco”, disse.

No ano passado, o emedebista foi o principal prejudicado pelo acordo entre oposição e setores da base governista, arquitetado por Telmo, que sabotou o acordo firmado no início da legislatura – segundo o qual Knak seria presidente em 2019 – e levou à eleição de Bruna Molz.

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Hildo Ney diz que virada ainda é possível

A TENDÊNCIA HOJE

Chapa governista
Elstor Desbessell (PTB)
Luís Ruas (PTB)
Bruna Molz (PTB)
Ari Thessing (PT)
Gerson Trevisan (PSDB)
Alceu Crestani (PSDB)
Elo Schneiders (Solidariedade)
André Scheibler (Solidariedade)
Marcelo Diniz (DEM)

Chapa de oposição/independentes
Mathias Bertram (PTB)
Zé Abreu (PTB)
Alberto Heck (PT)
Bruno Faller (PDT)
Hildo Ney Caspary (PP)
Edmar Hermany (PP)

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Indefinidos
Alex Knak (MDB)
Carlão Smidt (PTB)

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