As buscas pelos criminosos que participaram da morte de Everton Schuh na tarde deste sábado, 13, já tiveram início na região. Através de informações obtidas pela Brigada Militar e em apoio à Polícia Civil, é realizado um cerco em um bairro de Santa Cruz, além da mobilização de efetivo do 35º Batalhão, de Cachoeira do Sul.

Conforme o comandante do 23º Batalhão de Polícia Militar, tentente-coronel Giovani Paim Moresco, a comunidade civil e militar está de luto pela morte de Gucho, que era muito conhecido e atuante no município. “Num primeiro momento, nos cabe um aceno em nome da Brigada Militar à família”, disse em entrevista à Rádio Gazeta.

“A Brigada Militar já está nas buscas dos criminosos que participaram deste delito. Estamos coletando informações e trabalhando com a Polícia Civil, no sentido de identificação dos possíveis autores e, em nosso auxílio, vamos revirar os bairros”, ressaltou o tenente-coronel. Ele adiantou que, embora não confirmada, existe a informação de que o homem que disparou contra Everton estaria cumprindo pena em regime domiciliar.

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CÂMERAS

A Polícia Civil de Vera Cruz começa a analisar as imagens de câmeras de segurança para tentar descobrir mais informações acerca dos criminosos envolvidos no assalto que terminou na morte do empresário Everton Schuh. Conforme o delegado Paulo César Schirrmann, a polícia vai analisar as imagens captadas pelas câmeras da Padaria Roque Schuh e de outras, instaladas na rua e em estabelecimentos vizinhos.

“As imagens que temos até o momento não são nítidas. Mostram que os bandidos fugiram em um carro sedan, de cor escura. Talvez um Focus ou Vectra, mas não é possível identificar o carro”, afirmou o delegado, em entrevista à Rádio Gazeta. Segundo ele, é possível que os criminosos ainda estejam escondidos em Vera Cruz, ou que tenham fugido para municípios vizinhos. “Há muitas possibilidades de rotas de fuga.”

A Polícia Civil também aguarda o laudo da necropsia, que será realizada no corpo da vítima, mas o delegado confirmou que o empresário foi atingido por um tiro, após tentar conter a fuga do assaltante que havia invadido a padaria.

Latrocínio não é comum

Todo o Vale do Rio Pardo permanece em estado de atenção e luto neste sábado, após a morte. O choque acontece, inclusive, porque o crime de latrocínio (roubo seguido de morte), não é frequente nos municípios próximos. “Se formos recordar, em termos de latrocínio, não é muito comum na região. Fazia muito tempo que a região não tinha um episódio dessa natureza”, comentou o comandante do 23º BPM, tentente-coronel Giovani Paim Moresco.

Ele aproveitou a situação para reforçar uma orientação à comunidade: “Em delitos dessa natureza, procurem não revidar. Não estamos tecendo juízo de convicção sobre este caso especificamente, mas aproveitando a oportunidade deste caso infeliz, para fazer esta lembrança. A vítima não deve reagir, mas procurar o mais rápido possível as autoridades policiais.”

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Empreendimento tradicional

Schuh assumiu o negócio dos pais, Roque e Beatriz Schuh, que já tem 30 anos de história. Tradicional em Vera Cruz, o estabelecimento também tem uma unidade em Santa Cruz do Sul, na Rua Tenente Coronel Brito. Ambos eram administrados por Schuh, um dos três filhos do casal.

O estabelecimento foi fundado em 1988, em Vera Cruz. “Na época, o casal decidiu fixar moradia no município de Vera Cruz e trouxe os três filhos: Everton, Caroline e Luana. Everton, com o passar dos anos, vestiu a camisa, se uniu à paixão do pai e contribuiu para o crescimento e a expansão dos negócios. Tradição passada de pai para filho”, diz o site da padaria. Amigo de muitas pessoas em todo o município, Schuh era conhecido como Gucho. Ele deixa a esposa e duas filhas, de 8 e 12 anos.