Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

Minas Gerais

Mantida em cárcere, mulher autista comia terra e fezes em Belo Horizonte

Um casal foi preso por manter a filha em cárcere privado em Belo Horizonte, em Minas Gerais. Imagens foram divulgadas pela Polícia Civil e mostram o local onde José Tomé da Cruz, de 61 anos, mantinha a filha autista, de 39 anos, sequestrada e privada do convívio social por ter a deficiência.

A companheira de José, Vera Lúcia da Cruz, de 47 anos, foi detida como cúmplice. No terreno onde a filha ficava, eram guardados veículos e cachorros. Ela ficava em um pequeno quarto com pia, vaso sanitário e cama em más condições de conservação. O local está no Bairro Goiânia.

Durante o dia, ela ficava sozinha no terreno e na noite era trancada pelo pai no cômodo. De acordo com a mídia local, José entregava comida em potes de sorvete ou jogava pelo muro. Ela não recebia utensilhos para comer e também se alimentava de terra e das próprias fezes. Conforme o delegado Rodolfo Rabelo Alves, a esposa de José, Vera, concordava com o cárcere.

Publicidade

A polícia ficou sabendo da situação por meio de denúncias anônimas. “Percebemos que um homem ia ao local e dava comida para ela e a deixava sozinha. No período noturno, a vítima era trancada em um quarto que havia no local, e na manhã seguinte voltava a ficar solta”, explicou, Alves.

Conforme o delegado, a situação era normal para o pai da vítima. “Ele estava cuidando dela dessa forma porque ela dava muito trabalho, sujava a casa. E como ele não tinha condições para pagar alguém fixo para tomar conta dela, ele achou mais seguro trancar sua filha no lote com os cachorros”, frisou. A vítima foi encaminhada ao Centro de Referência em Saúde Mental (Cersam) Nordeste na última sexta-feira, 18.

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.