Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

COLUNA

Alessandra Steffens Bartz: o poder da autoestima

Falamos seguidamente sobre autoestima, sua importância e sobre como obter mais amor próprio. Alguns quesitos, como posses materiais, promoção no trabalho, títulos acadêmicos, intervenções estéticas, admiração de outros, são muitas vezes valorizados. Porém, essas investidas podem fazer com que nos sintamos melhor sobre nós mesmos temporariamente. Podemos ficar mais confortáveis por um tempo, mas conforto não é autoestima. Então, o que é autoestima?

Vamos tentar entender esse conceito. A autoestima tem dois componentes importantes: o sentimento de competência pessoal e o sentimento de valor pessoal. Significa dizer que ela é a soma da autoconfiança com o respeito próprio. Em outras palavras, a autoestima reflete como vemos a nossa capacidade de lidar com os desafios da vida e o direito de ser feliz. A autoestima é uma experiência íntima, que reside no cerne do nosso ser. É o que eu penso e sinto sobre mim, não o que o outro pensa ou sente sobre mim.


Quando crianças, nossa autoconfiança e autorrespeito podem ter sido alimentados ou destruídos pelos adultos. Conforme fomos amados, respeitados, aceitos como somos e valorizados na família, vamos aprendendo a nos amar, respeitar, confiar em nossas capacidades. Mas, apesar do peso que a ação familiar tem sobre nós, não somos apenas receptores da visão do outro. Fazemos escolhas, tomamos decisões e, à medida que crescemos, entendemos que esse assunto está em nossas próprias mãos. Posso ser amado pela família, pelo cônjuge, por amigos e não amar a mim mesmo. Posso ser admirado pelos outros e me sentir inseguro, inadequado, uma fraude a ser desmascarada.

Publicidade

LEIA OUTRAS COLUNAS DE ALESSANDRA STEFFENS BARTZ:
Crianças na cama dos pais?
Vamos falar sobre a morte?

Ter uma autoestima positiva permite que nos sintamos confiantes e adequados à vida; competentes e merecedores de sucesso e felicidade. A baixa autoestima e a autoestima negativa geram sentimento de inadequação, de ser errado como pessoa. Também podemos flutuar entre maior ou menor autoestima, conforme vamos nos conduzindo na vida. Grande parte dos transtornos psicológicos, como ansiedade, depressão, abuso de álcool ou drogas, agressividade, suicídio, estão relacionados com uma autoestima negativa de base. Assim, cultivar adequada autoestima precisa estar na pauta dos temas familiares, escolares, sociais e de saúde.

A autoestima é chave para o sucesso ou para o fracasso. A forma como nos sentimos em relação a nós mesmos afeta todos os aspectos da nossa experiência, desde a maneira como agimos no trabalho, nos relacionamentos, no modo como atuamos como pais. Nossas reações aos acontecimentos da vida são reflexo da visão íntima que temos de nós mesmos. Quão importante é o autoconhecimento! Conhecer-nos amplamente permite reconhecer e rever conceitos distorcidos, construídos por nós ao longo da vida. Precisamos cultivar uma adequada autoestima, que nos permita sentir merecedores de ter uma vida alegre e capazes de resolver os entraves da vida.

Publicidade

Todos nós podemos desenvolver uma autoestima positiva. Atentemos à avaliação que fazemos de nós mesmos. Muitas vezes, tendemos a ser muito críticos e a enfatizar os erros e as falhas. Façamos elogios sinceros a nós e aos que nos rodeiam. Desenvolver a autoestima requer o cultivo de bons sentimentos, bons pensamentos e boas ações.

O que eu penso e sinto sobre mim é uma questão central, que está no cerne do nosso ser. Quando me aceito como sou, aprecio meu potencial, tolero minhas dificuldades, me respeito, estarei melhor habilitado para amar o próximo e respeitar o outro. Valorizar a vida requer se valorizar. Procure dentro de você a autoconfiança e o amor próprio, pois não é externamente que os encontrará. A autoestima saudável está no fundamento da nossa capacidade de reagir ativa e positivamente às oportunidades da vida. É o estado da pessoa que não está em guerra consigo mesma ou com os outros. Um elemento-chave da almejada paz interior.

LEIA OUTRAS COLUNAS DE ALESSANDRA STEFFENS BARTZ:
Vamos aprender a brigar?
Lar, doce lar!

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.