O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) informou nesta quarta-feira, 24, ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que a nuvem de gafanhotos, em movimento dentro do território argentino, está se dirigindo rumo ao sul daquele país, em direção ao Uruguai, conforme a previsão inicial. De acordo com os dados meteorológicos para a região Sul do Brasil, previstos para os próximos dias, é pouco provável – até o presente momento – que a nuvem avance em território brasileiro.
No entanto, grupo de trabalho do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas (DSV) da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa permanece em situação de alerta e mobilização, em conjunto com as equipes técnicas das Superintendências Federais de Agricultura e dos órgãos estaduais de Defesa Agropecuária nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, assim como as unidades de vigilância agropecuária do Ministério localizadas na fronteira com o Rio Grande do Sul.
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Com base neste cenário, estão sendo trabalhadas estratégias passíveis de adoção para um eventual surto da praga no Brasil, caso ocorram alterações climáticas favoráveis ao deslocamento da nuvem de gafanhotos para o nosso país.
O deslocamento da nuvem de gafanhotos pode ser acompanhado por meio de mapas atualizados pelas autoridades argentinas, no link: https://geonode.senasa.gob.ar/maps/1806
Medidas
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Desde 2015, a formação de nuvens desses insetos nos países vizinhos da Bolívia, Paraguai e Argentina, tem ocorrido de forma relativamente frequente. Em virtude destes registros, o Mapa está, entre outras medidas, trabalhando na elaboração de um manual de orientações de ações de controle da praga, direcionado aos produtores rurais e aos órgãos estaduais de defesa agropecuária e de extensão rural.
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Espécies
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São várias as espécies de gafanhotos que causam prejuízos econômicos no Brasil. Entretanto, duas espécies merecem destaque pelos danos causados: Rhammatocerus schistocercoides e Schistocerca cancellata.
Da espécie Schistocerca cancellata, que compõe a nuvem presente agora na Argentina, foram várias infestações nos anos de 1938, 1942 e 1946, de focos originários da Argentina que ingressaram pela região Sul do Brasil, alcançando os estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais. Atualmente, voltaram a causar danos na Bolívia, Paraguai e Argentina.
Da espécie Rhammatocerus schistocercoides ocorreram várias infestações entre os anos de 1984 e 1992, de focos originários de áreas indígenas do Brasil, alcançando 12 estados da federação: Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Piauí, Pará, Roraima e Mato Grosso. Atualmente, essa espécie se mantém em sua fase solitária e não apresenta perigo.
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Diversos fatores podem originar o aumento das populações de gafanhotos, como climáticos (temperatura, umidade relativa do ar e precipitação pluviométrica acumulada), assim como predadores, parasitoides e doenças.
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