Desde o início das aulas da primeira faculdade (Ciências Contábeis), em 1964, os cursos superiores funcionaram em salas alugadas pela Associação Pró-Ensino em Santa Cruz (Apesc) nos colégios São Luís, Sagrado Coração (hoje Dom Alberto), Mauá e Ernesto Alves. Os locais dispersos geravam despesas e não criavam o espírito de unidade entre professores e alunos.
Em fevereiro de 1973, quando assumiu o governo, o prefeito Elemar Gruendling reuniu os dirigentes da Apesc e das faculdades e apresentou uma solução provisória: transformar o pavilhão central da Fenaf (atual Oktoberfest) em salas de aula. Aprovada a ideia, operários da Prefeitura trabalharam para modificar o local em 20 dias.
O prédio, que no ano anterior havia abrigado as exposições da 2ª Festa Nacional do Fumo (hoje são os bailes típicos da Oktoberfest), recebeu 30 salas de aulas, divididas com peças pré-moldadas com isolamento acústico e revestidas com gesso, e assoalho de madeira. No piso superior ficaram a biblioteca, sala de professores e secretaria.
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No dia 12 de março de 1973, os 1.250 alunos passaram a ter aulas no Parque da Fenaf, que pode ser considerado o primeiro campus da universidade. Após as aulas, era comum os colegas reunirem-se na Bierhaus para bate-papo e um chopinho.
Em junho, a revista Veja fez reportagem criticando as salas improvisadas, o que provocou revolta na região. Várias moções de repúdio foram encaminhadas ao periódico.
A crítica acabou transformando-se em desafio: Prefeitura, Apesc e entidades comunitárias decidiram construir um prédio para as faculdades, na Rua Coronel Jost, onde ficava a antiga Usina Municipal. O edifício, de três andares, começou a ser usado em 1976. No ano seguinte, o pavilhão da Fenaf foi desocupado.
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Pesquisa: Arquivo da Gazeta do Sul