As exportações do agronegócio gaúcho, no mês de junho, já apresentaram os primeiros efeitos do tabelamento do frete implantado pelo governo brasileiro. Conforme o Relatório de Comércio Exterior do Agronegócio do Rio Grande do Sul, divulgado pelo Sistema Farsul, nesta terça-feira, dia 17, houve uma queda de 25,1% no valor e 30,4% no volume comercializado em relação a maio de 2018, o equivalente a uma redução de US$ 341 milhões. Mas os reflexos não se restringiram ao setor. No geral, o estado vendeu 17,1% menos no último mês.
LEIA MAIS: Agronegócio é empecilho para denominador comum no preço do frete
O impacto nas exportações do grupo Carnes foi expressivo, atingindo – 42,5%. Somente a carne bovina teve queda de 55,6%, com registros de retração também no frango (-39,9%) e suínos (-37,8%). Outro grupo que apresentou resultado negativo foi o Cereais com -39,8%, puxado pelo arroz com uma diminuição de 40,4% nas vendas. O principal produto gaúcho no mercado internacional, a soja, não escapou dos reflexos do tabelamento, com uma diminuição de 37,4% na comercialização. O grupo produtos florestais acompanhou o movimento dos demais (-10,6%). Somente o grupo Fumo e seus produtos registrou crescimento, com um aumento de 34,5% no valor exportado.
Publicidade
CONFIRA O RELATÓRIO COMPLETO DA FARSUL
Na comparação entre os meses de junho de 2017 e 2018, também foram registrados resultados negativos. A queda foi 10,5%, equivalente a US$ 120 milhões. O grupo Carnes novamente apresenta uma forte retração, com -61,7%, tendo carne bovina, frango e suína atingido -38,8%, -62,1% e -67,2%, respectivamente. O grupo Fumo e seus produtos teve baixa de 25,4%. Já o grupo Cereais teve aumento de 132% influenciado pelo arroz e o grupo Produtos Florestais também atingiu aumento nas vendas de 53,6%. Apesar dos números de junho, no acumulado do ano o crescimento das exportações é de 15,9% em relação ao mesmo período do ano de 2017. A China se mantém como principal destino do agronegócio gaúcho, com 46% do valor exportado. Em segundo aparece os EUA com 4% e em terceiro a Coreia do Sul, 2,5%.
Publicidade