Um dia depois do anúncio do adiamento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio-2020 para o próximo ano, por conta da pandemia do novo coronavírus, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, revelou nessa quarta-feira, 25, que a decisão não foi unilateral, mas sim tomada em conjunto com o governo do Japão, encabeçado pelo primeiro-ministro Shinzo Abe.
“Chegamos à conclusão que não podia ser uma decisão unilateral do COI, mas sim conjunta. Essa foi a sequência dos fatos. Seguimos nossa intenção de nos adaptarmos à situação”, disse Bach em teleconferência com a imprensa mundial, relatando como foi a conversa com o primeiro-ministro no dia anterior.
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“Mas desde o princípio foi deixado claro que o cancelamento não era algo que o COI apoiava porque nossa missão é permitir que os sonhos dos esportistas sejam convertidos em realidade”, prosseguiu o dirigente.
Ele admitiu que definir uma nova data para os Jogos em 2021 será uma questão muito desafiadora e espera que a decisão seja tomada o mais rápido possível. Hoje, membros do COI se reúnem, em teleconferência, com 33 federações internacionais para estudar o novo calendário.
“A prioridade é tomar uma decisão de qualidade, levando em consideração todos os nossos stakeholders (partes interessadas)”, disse Bach, que insistiu que a voz dos atletas sempre foi levada em consideração. “Eles desempenham um papel muito importante e participarão de qualquer consulta e decisão.”
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