As contas públicas apresentaram déficit primário de R$ 32,87 bilhões no primeiro semestre deste ano, informou nesta sexta-feira, 27, o Tesouro Nacional. O rombo é o menor para o período em três anos. Em junho, o setor público registrou um déficit primário de R$ 16,42 bilhões, 20,7% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado, descontada a inflação.
De acordo com o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, apesar do resultado melhor que o do ano passado, os números de junho foram impactados negativamente pela paralisação dos caminhoneiros. “Como tivemos a greve dos caminhoneiros, o crescimento da arrecadação foi bem menor”, afirmou.
Os dados do Tesouro mostram que as receitas líquidas do governo tiveram uma queda real de 2,3% em junho, na comparação com o mesmo mês de 2017, ficando R$ 88,33 bilhões. As despesas tiveram uma queda mais alta, de 5,3%, ficando em R$ 105,27 bilhões. Os números se referem às contas do governo central, que incluem os resultados do Tesouro, do Banco Central e da Previdência. De acordo com o Tesouro, o déficit menor no mês de junho foi influenciado positivamente por um resgate de R$ 521 milhões do Fundo Soberano e pela redução do pagamento de precatórios e sentenças judiciais, que tiveram o calendário antecipado neste ano.
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Sobre o dado do semestre, o governo afirma que o resultado melhor decorre, principalmente do aumento de arrecadação. Ainda segundo o Tesouro, o crescimento da receita foi influenciado pela melhora de indicadores macroeconômicos, por mudanças em alíquotas de tributos e pelo comportamento de receitas não administradas, além da arrecadação de programas de regularização tributária.
Em 12 meses, o resultado primário está negativo em R$100,65 bilhões. Neste ano, a meta fiscal estabelecida pelo governo é de um déficit de R$ 159 bilhões. “É um resultado confortável em relação à meta”, afirmou o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida. “Enquanto o Brasil estiver com déficit primário, não se poderá dizer que a situação está boa”, ponderou.
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