Depois de quatro meses seguidos de resultados positivos, as contas externas voltaram a apresentar déficit, em julho. O saldo negativo em transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com o mundo, ficou em US$ 3,404 bilhões, informou nesta quarta-feira, 23, o Banco Central (BC). De janeiro a julho, o déficit ficou em US$ 2,696 bilhões, resultado bem menor do que em igual período de 2016, de US$ 12,438 bilhões.
Em junho, a balança comercial ajudou a reduzir o deficit, ao apresentar superávit de US$ 3,049 bilhões. Por outro lado, a conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) apresentou resultado negativo de US$ 3,007 bilhões. A conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) registrou déficit de US$ 6,597 bilhões. A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) ficou positiva em US$ 144 milhões.
Quando o país registra saldo negativo em transações correntes, precisa cobrir esse déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o investimento direto no país (IDP), porque recursos são aplicados no setor produtivo. Em julho, esses investimentos chegaram a US$ 4,093 bilhões e acumularam US$ 40,364 bilhões, nos sete meses do ano.
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