O mês voltado à saúde da mulher terá uma série de atividades de orientação voltadas a grupos de usuárias das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e das Estratégias de Saúde da Família (ESFs). Nesta segunda-feira, 9, a comunidade de Rio Pardinho, na Academia de Saúde da localidade, pôde aprender um pouco mais sobre a importância da alimentação saudável na prevenção de doenças como câncer, hipertensão e diabetes.
Na primeira parte da programação, alunas da Farmácia Escola da Unisc, sob a orientação da farmacêutica Mênia Bach, explanaram sobre a preparação e a utilização correta de chás. Diferente do que pode supor o senso comum, não é por serem naturais que as ervas podem ser consumidas indiscriminadamente. Como rotina são indicados os chás alimentícios, como maçã e abacaxi. Já os elaborados com plantas medicinais têm ação terapêutica e, portanto, devem ser consumidos esporadicamente e no intuito de fazer cessar algum desconforto ou mal estar físico.
Se usados de forma indiscriminada, os chás podem ter consequências negativas para a saúde. “Por mais que se pense que é natural, é preciso ter cuidado”, alertou Mênia. Na interação com medicamentos os chás podem anular ou potencializar seus efeitos. “É importante sempre informar ao médico o consumo de chás quando a pessoa estiver utilizando algum tipo de medicação”, observou. Também, segundo ela, é importante observar a utilização de plantas conhecidas e o estado de conservação em que se encontram.
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Chá facilita a eliminação de toxinas
Com relação aos benefícios da bebida, embora jamais substitua a água potável, o chá facilita a eliminação de toxinas, favorece a temperatura corporal e auxilia na digestão. Durante a palestra também foram abordadas as diferentes formas de preparo: maceração, infusão e decocção. Seu consumo deve acontecer logo após o preparo e nunca mais de três a quatro xícaras por dia. “O chá não pode ser armazenado pronto de um dia para o outro, nem mesmo do dia pra noite porque perde as propriedades”, disse a farmacêutica. No caso de raízes, cascas, frutos secos e ervas, a armazenagem é por, no máximo, seis meses.
Orgânicos
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Na segunda parte da programação, estagiários do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e alunos da Escola Família Agrícola ensinaram às mulheres como fazer uma horta orgânica, aproveitando os pequenos espaços na propriedade rural. Foram abordados temas como a escolha do local, ferramentas, utensílios e insumos, plantio de hortaliças e consórcio com outras espécies, plantas repelentes, inseticidas naturais, colheita e armazenagem.
Para a assistente social do Sindicado, Salete Faber, vale a pena ter o hábito de cultivar as próprias verduras para ter na mesa produtos livres de agrotóxicos. “Se os índices de câncer estão aumentando, talvez nossa alimentação não esteja tão saudável. Vocês estão inseridas em uma comunidade rural, então aproveitem isto”, aconselhou.
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