A chegada dos dias de calor traz à memória os belos balneários que existiam em Santa Cruz do Sul, na cidade e no interior. Arroios de águas limpas eram procurados para banhos e piqueniques.
Em algumas localidades, as prainhas resistem e podem ser visitadas. É o caso do balneário Engelmann, em Alto Sinimbu, com prédios centenários bem preservados (em breve, terá museu colonial).
O espaço de lazer, às margens do Rio Pardinho, surgiu por volta de 1922 como um pequeno hotel para receber tropeiros, fundado por Karl Boettcher. Pouco depois, Guilherme Engelmann e seu filho Henrique Engelmann Sobrinho adquiriram a área. Em 1933, Henrique instalou o Hotel e Veraneio Engelmann, que recebia visitantes de toda a região.
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O balneário fica a quatro quilômetros de Sinimbu e guarda muitas histórias. Uma delas é a visita de um cônsul britânico, sua esposa, dois filhos e a babá, em 1933. Infelizmente, em função da guerra e da campanha de nacionalização, os registros foram perdidos e ninguém sabe o nome dos visitantes. Apenas uma foto marca o acontecimento.
A família apreciou tanto o local que ficou vários dias em Alto Sinimbu (na época, interior de Santa Cruz). Os mais antigos relatam que o cônsul falava inglês, alemão, espanhol e português. Santa-cruzenses iam até o hotel para conversar com o estrangeiro e se inteirar do panorama mundial.
Hiltor Engelmann, 87 anos, é a criança de colo que aparece na foto. Lembra que, quando era adolescente, ouvia falar muito da presença do cônsul, que visitava os colonos e apreciava a comida servida na localidade. A família não dispensava um farto café da tarde.
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O balneário Engelmann preserva prédios centenários e o salão de baile das famílias Boettcher e Engelmann. Há camping, lancheria e pousada abertos aos visitantes.
Fonte: livro Saudosos verões, de Emigdio Engelmann.
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