Polícia

Conselho Tutelar já atendeu quatro casos de abuso contra menores em Santa Cruz em 2025

Há pouco mais de uma semana, um caso de sequestro e abuso sexual de uma menor de idade em Tramandaí chocou o Rio Grande do Sul e alcançou noticiários nacionais em razão da crueldade. Um homem teria oferecido um picolé para atrair a criança de 9 anos até sua loja de conveniência, onde ela foi mantida em cárcere por uma noite dentro de um porão. Após a menina ter sido resgatada, o homem que a sequestrou foi linchado por populares. 

Também na semana passada, um homem foi preso em Encruzilhada do Sul por suspeita de estupro de vulnerável. O crime teria acontecido com três crianças de 9, 10 e 11 anos. Esses são apenas alguns dos casos de abuso de menores que acontecem frequentemente não só no Estado, mas em todas as partes do País, e são motivo de preocupação para pais e autoridades. 

No ano passado, Santa Cruz do Sul contabilizou 38 casos de abuso sexual e outros 35 de violência, seja física ou psicológica, contra crianças e adolescentes. Em janeiro deste ano, quatro ocorrências de abuso foram atendidas pelo Conselho Tutelar. Os dados de fevereiro ainda não foram contabilizados.

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A conselheira tutelar Janete Franken conta que a equipe trabalha em casos que chegam até o órgão, mas entende que diversos outros não são denunciados. Segundo ela, não há um período com mais ocorrências, mas em alguns meses os fatos são mais divulgados. É o que acontece com o Maio Laranja, alusivo ao combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. “As pessoas se manifestam porque ficam dentro do assunto. Por isso é importante levar o tema para a sociedade e as escolas”, afirma.

Segundo a coordenadora do Conselho Tutelar de Santa Cruz, Clarice Rocha Saldanha, o órgão atua na falta ou omissão dos pais das crianças. Após receber a denúncia, o conselho verifica e encaminha para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), que dá o direcionamento necessário. 

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Clarice explica que o Conselho Tutelar trabalha em cima da prevenção, indo até escolas para realização de palestras e orientação de familiares. “A gente faz esse trabalho, mas a prevenção mesmo tem que vir de dentro de casa, com os pais. Mas se algo acontecer, estamos aqui para ajudar”, ressalta.

Janete e Clarice, que atuam no Conselho Tutelar, reforçam que os pais devem estar atentos aos locais frequentados pelos filhos | Foto: Lavignea Witt

Com relação ao caso de Tramandaí, a coordenadora enfatiza que os pais devem estar atentos aos locais frequentados pelos filhos e precisam orientá-los a não aceitar nada de qualquer desconhecido.

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Para Janete, os abusadores têm aperfeiçoado cada vez mais os seus métodos. “Temos que falar dos casos abertamente, porque por meio do juízo de valor, se mascara muita coisa. E o pedófilo adora isso”, revela. 

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Fique atento

Em caso de suspeita, as conselheiras recomendam que pais e pessoas próximas prestem atenção a sinais como sentimentos de tristeza e vergonha, baixo rendimento escolar e automutilação. 

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Para denunciar uma situação de abuso ou violência, é possível ir pessoalmente até o Conselho Tutelar, que fica na Avenida Deputado Euclydes Kliemann, 1.515. O órgão também disponibiliza os telefones 3120 4059 e (51) 98444 7964 (plantão). Também há o e-mail constutelar@santacruz.rs.gov.br. 

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Lavignea Witt

Me chamo Lavignea Witt, tenho 25 anos e sou natural de Santiago, mas moro atualmente em Santa Cruz do Sul. Sou jornalista formada pela Universidade Franciscana (UFN), pós-graduada em Jornalismo Digital e repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações.

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