Há pouco mais de uma semana, um caso de sequestro e abuso sexual de uma menor de idade em Tramandaí chocou o Rio Grande do Sul e alcançou noticiários nacionais em razão da crueldade. Um homem teria oferecido um picolé para atrair a criança de 9 anos até sua loja de conveniência, onde ela foi mantida em cárcere por uma noite dentro de um porão. Após a menina ter sido resgatada, o homem que a sequestrou foi linchado por populares.
Também na semana passada, um homem foi preso em Encruzilhada do Sul por suspeita de estupro de vulnerável. O crime teria acontecido com três crianças de 9, 10 e 11 anos. Esses são apenas alguns dos casos de abuso de menores que acontecem frequentemente não só no Estado, mas em todas as partes do País, e são motivo de preocupação para pais e autoridades.
No ano passado, Santa Cruz do Sul contabilizou 38 casos de abuso sexual e outros 35 de violência, seja física ou psicológica, contra crianças e adolescentes. Em janeiro deste ano, quatro ocorrências de abuso foram atendidas pelo Conselho Tutelar. Os dados de fevereiro ainda não foram contabilizados.
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A conselheira tutelar Janete Franken conta que a equipe trabalha em casos que chegam até o órgão, mas entende que diversos outros não são denunciados. Segundo ela, não há um período com mais ocorrências, mas em alguns meses os fatos são mais divulgados. É o que acontece com o Maio Laranja, alusivo ao combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. “As pessoas se manifestam porque ficam dentro do assunto. Por isso é importante levar o tema para a sociedade e as escolas”, afirma.
Segundo a coordenadora do Conselho Tutelar de Santa Cruz, Clarice Rocha Saldanha, o órgão atua na falta ou omissão dos pais das crianças. Após receber a denúncia, o conselho verifica e encaminha para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), que dá o direcionamento necessário.
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Clarice explica que o Conselho Tutelar trabalha em cima da prevenção, indo até escolas para realização de palestras e orientação de familiares. “A gente faz esse trabalho, mas a prevenção mesmo tem que vir de dentro de casa, com os pais. Mas se algo acontecer, estamos aqui para ajudar”, ressalta.
Com relação ao caso de Tramandaí, a coordenadora enfatiza que os pais devem estar atentos aos locais frequentados pelos filhos e precisam orientá-los a não aceitar nada de qualquer desconhecido.
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Para Janete, os abusadores têm aperfeiçoado cada vez mais os seus métodos. “Temos que falar dos casos abertamente, porque por meio do juízo de valor, se mascara muita coisa. E o pedófilo adora isso”, revela.
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Em caso de suspeita, as conselheiras recomendam que pais e pessoas próximas prestem atenção a sinais como sentimentos de tristeza e vergonha, baixo rendimento escolar e automutilação.
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Para denunciar uma situação de abuso ou violência, é possível ir pessoalmente até o Conselho Tutelar, que fica na Avenida Deputado Euclydes Kliemann, 1.515. O órgão também disponibiliza os telefones 3120 4059 e (51) 98444 7964 (plantão). Também há o e-mail constutelar@santacruz.rs.gov.br.
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