O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instaurou, nesta quarta-feira, 27, processos disciplinares contra seis deputados: Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP), Éder Mauro (PL-PA), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Dra. Soraya Manato (PTB-ES) e Wilson Santiago (Republicanos-PB). Os relatores das representações contra os parlamentares ainda serão designados.
A deputada Bia Kicis foi acusada pelo Psol e pelo PT de insuflar motim da Polícia Militar da Bahia, ofender o Supremo Tribunal Federal e criticar a recomendação do uso de máscaras de proteção em publicações nas mídias sociais. A deputada Carla Zambelli foi acusada pelo PT de disseminar nas mídias sociais informações falsas sobre a pandemia de Covid-19. O deputado Éder Mauro foi acusado pelo Psol e pelo PT de desrespeitar as deputadas Fernanda Melchionna (Psol-RS) e Maria do Rosário (PT-RS) em uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
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O deputado Eduardo Bolsonaro foi acusado por PT, PDT, PSB e Psol de desrespeitar parlamentares mulheres e dar declarações contra o uso de máscaras de proteção em publicações nas mídias sociais. A deputada Soraya Manato foi acusada pelo PT de publicar em mídia social declarações ofensivas contra o senador Humberto Costa (PT-PE). O deputado Wilson Santiago foi acusado pelo Novo por denúncias de crimes de organização criminosa e corrupção passiva investigados pela Procuradoria-Geral da República.
Os deputados Eduardo Bolsonaro, Bia Kicis e Soraya Manato questionaram o fundamento das acusações, por terem como base publicações em mídias sociais. “É um ataque dos parlamentares da oposição à liberdade de expressão. É uma postagem minha nas redes sociais como opinião. Estamos vendo as nossas prerrogativas e nossa imunidade parlamentar sendo violadas”, argumentou Bia Kicis.
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Soraya Manato afirmou que o processo contra ela é “um besteirol”. “Acho um absurdo sermos processados, estarmos aqui perdendo nosso tempo com esse monte de besteira, de idiotice”, disse. Eduardo Bolsonaro negou ter feito comentários contra as mulheres. Ele acusou os partidos de esquerda de usar os processos para atacar o governo. “A estratégia da esquerda é fazer uma guerra de narrativas só para criar títulos em jornais que visem a nos denegrir. Se alguém se sentir prejudicado, é melhor entrar na Justiça do que no Conselho de Ética. A gente já sabe que estes processos aqui muito provavelmente não vão dar em nada”.
O deputado Éder Mauro, nas redes sociais, ironizou a representação contra ele. “Fico feliz em ter uma representação do PT e Psol no Conselho de Ética ou de qualquer que seja. É sinal de que estou no caminho certo”. Para Carla Zambelli, a “política do fecha tudo aviltou a liberdade e o direito de propriedade de milhares de brasileiros em vários Estados do País e não negociamos o nosso direito constitucional de protestar”. Já o deputado Wilson Santiago disse que não irá se manifestar.
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