Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

BASQUETE

Conquista histórica da Pitt/Corinthians completa 26 anos

O título brasileiro da Pitt/Corinthians completa 26 anos nesta sexta-feira, 17. Em 1994, a equipe santa-cruzense conquistou a façanha, tornando-se o único clube gaúcho a levantar um caneco nacional. Sob a batuta do técnico Ary Vidal, o momento histórico transformou-se em livro. Um ano depois de seu lançamento, Corinthians do Ary Vidal, escrito pelo jornalista Guilherme Mazui Roesler e lançado pela Editora Gazeta, mantém a memória viva de atletas, torcedores ou familiares ligados ao treinador, falecido em 2013.

Em entrevista à Gazeta do Sul, Mazui relembra a trajetória da obra, elaborada com muita pesquisa, fotos, vídeos e entrevistas. Atualmente residindo em Brasília, onde atua como jornalista do portal G1, recorda da repercussão do livro, os desafios para escrevê-lo e divulgá-lo Brasil afora, além do inesquecível legado deixado pelo comandante alviverde, que, em Santa Cruz, ainda foi duas vezes vice-campeão brasileiro, nas temporadas de 1996 e 1997.

ENTREVISTA
Guilherme Mazui Roesler
Jornalista

Publicidade

Gazeta do Sul – Como foi a repercussão do livro?
Guilherme Mazui – Superou as minhas expectativas. Recebi retornos gratificantes de diferentes leitores, como torcedores, atletas e colegas jornalistas. Fiquei emocionado quando recebi um telefonema da dona Heloisa, viúva do professor Ary, no qual ela disse que leu o livro em poucos dias e conseguia visualizar o marido em cada página. Ela disse que o relato ficou fidedigno, o que me deixou realizado, pois tive uma cobrança própria de tentar fazer um livro respeitável. Também me emocionou uma mensagem da Andrea, uma das filhas do Ary. Ela comentou que o livro a fez relembrar como o professor foi feliz em Santa Cruz.

Jornalista Guilherme Mazui gravou relato em vídeo para o Portal Gaz

LEIA TAMBÉM: A Gazeta esteve lá: no título da Pitt/Corinthians, em 1994

De que maneira você procurou fazer a divulgação?
Foi um trabalho formiguinha e dividido em fases. Fizemos o lançamento em Santa Cruz com o apoio determinante da Gazeta na edição, divulgação e cobertura em jornal, site e rádio. Também contei com o apoio da Unisc. Depois, até setembro, foram feitos lançamentos em Brasília (onde vivo), Porto Alegre e Rio de Janeiro. Ainda participei da Feira do Livro de Santa Cruz. De tempos em tempos tentei ajudar a recuperar a lembrança do livro. Em cada lançamento busquei veículos de imprensa, jornalistas esportivos e contas nas redes sociais especializadas em basquete. A força do nome do professor Ary Vidal abriu portas, participei de programas de rádio e TV, como o Redação Sportv, e concedi entrevistas para sites.

Publicidade

Qual a importância de mostrar esse trabalho para o País?
Considero fundamental termos registros da fase áurea do nosso basquete para divulgá-los além do Rio Grande do Sul. O Corinthians do Ary Vidal foi um time que marcou um período do basquete brasileiro e foi um capítulo lindo na trajetória de um dos maiores e mais sagazes técnicos que o País conheceu. É importante relembrar que uma cidade do interior gaúcho, vocacionada ao basquete, revelou uma equipe inesquecível e uma das torcidas mais fanáticas do Brasil.

No que a obra pode contribuir para o ressurgimento mais forte do basquete em Santa Cruz?
Preservar a memória e enaltecer o esforço dos personagens daquela conquista são ações que contribuem para o esforço conjunto de incentivar o retorno do basquete em alto nível. Creio que o livro, ao recuperar a atmosfera da cidade nos anos 1990 e relembrar ídolos marcantes e jogos emocionantes, faz aflorar o sentimento de saudade presente em cada santa-cruzense, ajuda a mostrar que há mercado para incentivar uma nova equipe de ponta.

LEIA TAMBÉM: Auditório lotado para o lançamento de ‘Corinthians do Ary Vidal’

Publicidade

Como foi a receptividade dos locais em que esteve divulgando o livro?
Foi excelente. Senti uma empolgação com o livro, pois temos poucas obras que recuperam feitos do basquete brasileiro. O fato de empreender esforço para preservar a memória da missão cumprida pelos “12 condenados” gerou uma boa vontade imediata. Em Santa Cruz, Porto Alegre, Brasília e no Rio, percebi em cada conversa que as pessoas lembravam com carinho
e admiração as façanhas do Corinthians.

Ainda continua divulgando?
Continuo, na medida do possível. A paternidade recente (Maria Luísa está com 3 meses) e o trabalho cotidiano, na cobertura do governo do presidente Jair Bolsonaro, exigem muita dedicação. O amigo Tiago Deecken tem me ajudado demais, já que incentiva a compra e a leitura do livro em meio ao trabalho notável de produção dos documentários sobre o Corinthians e a Pitt/Corinthians. Aliás, confio que os documentários serão um presente para Santa Cruz.

Quais os principais desafios para concretizar o sonho de escrever a glória do basquete santa-cruzense? 
Sempre repito que o livro não é a versão definitiva daqueles dias inesquecíveis de 1994, mas sim um relato do que consegui cruzar das memórias de dezenas de personagens, muitas turvas pelo passar de 25 anos, com informações obtidas de centenas de páginas de jornais ou sites, de outros livros e horas e horas de vídeos com cenas de jogos. Comecei, parei, recomecei mais de uma vez ao longo de dez anos. Perseverar, reunir o material, checar informações e fazer um relato sério foram os principais desafios. 

Publicidade

Tens intenção de lançar outras obras?
Desejo sentir novamente a emoção de lançar um livro. Recomendo para todo amigo buscar tal realização. Sobre o futuro, o sonho do livro foi algo tão firme nos últimos tempos, que um ano depois ainda não consegui definir um novo projeto. Aceito sugestões (hehe).

Que retorno você teve dos atletas?
Senti que os atletas campeões ficaram emocionados pelo registro em palavras e fotos da façanha de 1994. É uma forma de eles mostrarem a filhos, netos e amigos que fizeram história e são queridos em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. No lançamento no Rio de Janeiro, por exemplo, os olhos do Almir brilhavam, ele contava histórias dos jogos, causos daquela campanha. Retornos como esse me deixaram mais do que realizado.

O técnico Ary Vidal faleceu em 2013. Se você tivesse tido a oportunidade de entregar um livro a ele, o que diria?
Muito obrigado, professor. Espero que o senhor goste e que registre de forma séria o feito dos senhores. O livro é mais uma forma de agradecer pelos anos dedicados a Santa Cruz, pelas contratações de jogadores incríveis, pelas tardes e noites de ginásio lotado, enfim, por ter despertado na cidade o desejo, realizado em 1994, de ter o melhor time de basquete do Brasil.

Publicidade

LEIA TAMBÉM: Equipe santa-cruzense participa do Brasileiro Sub-21

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.