Conheça mitos e verdades sobre raios e saiba como se proteger

A incidência de raios na manhã desta segunda-feira, 22, assustou moradores do Vale do Rio Pardo. A região foi atingida por uma tempestade de descargas elétricas por volta das 9h30. De acordo com a Rede Integrada Nacional de Detecção de Descargas Atmosféricas (Rindat), Cachoeira do Sul esteve no centro do ponto de raios, que também atingiram Santa Cruz do Sul, Candelária e Rio Pardo.

Segundo a Defesa Civil, duas ocorrências envolvendo descargas foram registradas em Santa Cruz. Em uma delas, uma casa foi atingida por um raio no Bairro Aliança. O telhado foi danificado. Além disso, uma árvore de grande porte que fica na área do Centro Cultural 25 de Julho, no Parque da Oktoberfest, também acabou sofrendo uma descarga. Por sorte, ninguém ficou ferido.

O Brasil é o país com a maior incidência de raios no mundo. Por ano, cerca de 100 milhões de descargas elétricas atingem o solo. Conforme a Rindat, a chance de uma pessoa ser atingida é de uma em um milhão. A maioria das mortes e ferimentos ocorrem de forma indireta, por causa de incidências próximas. 

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“A corrente do raio pode causar sérias queimaduras e outros danos ao coração, pulmões, sistema nervoso central e outras partes do corpo, através de aquecimento e uma variedade de reações eletroquímicas. A extensão dos danos depende da intensidade da corrente, das partes do corpo afetadas, das condições físicas da vítima e das condições específicas do incidente. Cerca de 20 a 30 % das vítimas de raios morrem, a maioria delas por parada cardíaca e respiratória”, alerta a Rindat.

Diante desses dados, é bom redobrar os cuidados para não ser mais uma vítima do fenômeno. Abaixo, confira como você pode se proteger, segundo recomendações da Rindat:

• Não saia para a rua ou não permaneça na rua durante tempestades;
• Se estiver na rua, procure abrigo nos seguintes lugares: carros não conversíveis, ônibus ou outros veículos metálicos não conversíveis; em moradias ou prédios, de preferência que possuam proteção contra raios; em grandes construções com estruturas metálicas; em barcos ou navios metálicos fechados;
• Se estiver dentro de casa, evite: usar telefone, a não ser que seja sem fio; ficar próximo de tomadas e canos, janelas e portas metálicas; tocar em qualquer equipamento elétrico ligado a rede elétrica;
• Se estiver na rua, evite: segurar objetos metálicos longos, tais como varas de pesca, tripés e tacos de golfe; empinar pipas e aeromodelos com fio; andar a cavalo; nadar; e ficar em grupos;
• Evite os seguintes lugares que possam oferecer pouca ou nenhuma proteção contra raios: pequenas construções não protegidas, tais como celeiros, tendas ou barracos; veículos sem capota, como tratores, motocicletas ou bicicletas; estacionar próximo à árvores ou linhas de energia elétrica.
• Evite também locais que são extremamente perigosos durante uma tempestade como: topos de morros ou cordilheiras; topos de prédios; áreas abertas, campos de futebol ou golfe; estacionamentos abertos e quadras de tênis; proximidade de cercas de arame, varais metálicos, linhas aéreas, trilhos e árvores isoladas; estruturas altas, tais como torres, linhas telefônicas e linhas de energia elétrica;
• Se estiver em um local sem um abrigo próximo e sentir seus pêlos arrepiados ou sua pele coçar, indicando que um raio está prestes a cair, ajoelhe-se e curve-se para a frente, colocando suas mãos nos joelhos e sua cabeça entre eles. Não deite-se no chão;
• Evite estar no mar, em piscinas ou rios, já que são condutores de eletricidade e podem levar a descarga até o banhista.

Mitos 

Ao longo dos anos, surgiram histórias de objetos que poderiam atrair raios, como espelhos, tesouras, próteses humanas, aparelhos dentários e guarda-chuvas. No entanto, especialistas afirmam que, nesses casos, são lendas. Outro mito que se costuma ouvir é que a borracha do pneu protegeria contra raios quando, na verdade, a descarga percorre a lataria de um veículo e descarrega diretamente no chão.