Rodrigo Carlos da Silva, mineiro de 52 anos, terá a responsabilidade de conduzir o União Corinthians na temporada 2023/24 do Novo Basquete Brasil (NBB). Substituto de Athos Calderaro, o treinador vai encara a terceira temporada da equipe santa-cruzense na principal competição nacional com o objetivo de classificação para os playoffs.
Rodrigo atuava no Universo/Ajax como supervisor e conheceu o responsável pelas estatísticas do Denver Nuggets, que veio a Goiânia para observar um atleta da equipe. Do relacionamento com ele, surgiu um convite para Rodrigo ir aos Estados Unidos. Em 2006, partiu rumo a Brigham Young University, no Hawaii. Após dois anos com treinador universitário, retornou ao Brasil para uma temporada novamente em Goiânia. Depois foram quatro anos de Unitri em Uberlândia, mais cinco no Flamengo e quase dois anos no Corinthians. Em Joinville, permaneceu 11 meses e ficou um ano no Unifacisa. O último trabalho foi no Bauru, na temporada passada.
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“Sou um privilegiado. Trabalhei com grandes nomes do basquete nacional”, destaca. A lista é extensa: Marcelinho Machado, Marquinhos, Vitor Benite, Cristiano Felício, Arthur Pecos, André Góes, Ricardo Fischer, Guilherme Giovannoni e Alex Garcia entre os brasileiros. Ainda trabalhou com estrangeiros como os argentinos Nicolás Laprovittola e Walter Herrmann e os norte-americanos Jerome Meyinsse e Kyle Fuller. “Nunca tive problemas com os atletas. Pude aprender com eles. Sou muito grato. Estava atuando como auxiliar e adquirindo conhecimentos. Agora terei uma grande oportunidade como treinador”, salienta.
Em Santa Cruz do Sul, Rodrigo encontrou uma comunidade apaixonada pelo basquete, saudosa do Corinthians de Ary Vidal, campeão brasileiro de 1994. Para ele, o aspecto cultural aumenta a responsabilidade. “Joguei contra o Corinthians e gostei muito de saber do retorno. A cidade respira basquete. As pessoas falam de basquete na rua. Bom que tiveram pessoas que arregaçaram as mangas para o time voltar. A gente espera que o projeto possa durar bastante tempo”, comentou.
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Rodrigo está confiante para a temporada que será iniciada no dia 24 de outubro. “Não vai ser fácil. O NBB conta com equipes de muita qualidade. O importante é que o projeto tem uma sequência e está em evolução. Assim vai ser possível pensar em voos mais altos. Aos poucos, o investimento e a estrutura vai melhorando. O elenco vai se qualificando e encorpando. Há uma credibilidade, muitas pessoas acreditam. É importante que as pessoas queiram fazer parte disso para fortalecer as ações”, avaliou.
Rodrigo já iniciou os treinamentos com parte do elenco. O primeiro desafio será um torneio amistoso em Passo Fundo, entre os dias 5 e 8 de outubro. Na sequência, nos dias 16 e 17, serão realizados dois amistosos contra o Oberá Tenis Club, na província de Misiones, na Argentina.
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A família já está adaptada. Na rotina de profissional do basquete, as mudanças são recorrentes. A esposa e os três filhos gostaram muito de Santa Cruz do Sul. “Fomos muito bem recebidos. O clima e a cultura são diferentes. Não parece uma cidade do Brasil. Estamos felizes. Mudamos para melhor”, disse Rodrigo, que já frequenta as missas do padre Antônio na paróquia Santo Inácio. Um filho foi matriculado na catequese e a filha já está na preparação da crisma.
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O irmão mais velho, já falecido, jogava basquete. Rodrigo gostava de acompanhar os jogos. Com isso, entrou na escolinha aos oito anos.
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“Eu não era muito bom, mas estava aprendendo. Me apaixonei pelo basquete em um sábado. Morávamos em Goiânia. Meu irmão jogaria um Brasileiro pela seleção goiana em Santos. Ele saiu com o meu pai para comprar roupas e tênis, para a viagem. Então eu pensei. Também quero fazer isso. Se é assim, quero a mesma coisa para mim. Ficou marcado na memória, acho que pelos presentes. Um bichinho me picou e passei a gostar ainda mais”, relata.
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Rodrigo permaneceu em Goiânia até os 17 anos, quando saiu para uma temporada de dois anos no Palmeiras. Depois voltou para jogar em Goiânia até os 23 anos. Ainda passou três temporadas no Rio de Janeiro e voltou para Goiânia até encerrar a carreira aos 30 anos.
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Logo depois, foi convidado para ser supervisor da equipe. “Ainda bem que eu não sabia o que era a função. Eles queriam alguém que falasse inglês e que tivesse bom relacionamento com todos. Dá muito trabalho. Se eu soubesse, talvez não tivesse aceitado. Mas foi uma experiência que me ajudou. Hoje sei como funciona para montar e manter o time. Quando virei técnico, tudo se encaixou. Sei realmente como as coisas são na parte administrativa. Facilita bastante na comunicação com a direção e atletas”, detalha.
Rodrigo foi convidado para ser técnico do União Corinthians pelo diretor de basquete Diego Puntel. Um amigo de Rodrigo, que também é agente, soube da necessidade de Puntel e intermediou o contato.
“Eu já estava trabalhando em Bauru, como assistente. Mas quando renovei, já havia avisado que aceitaria uma proposta para ser treinador. Depois da conversa com o Diego, acertamos os detalhes. O pessoal do Bauru entendeu, viram que seria bom para mim. Arrumamos as malas e viemos para o Sul”, relata.
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Por ter sido supervisor, viveu na prática como funciona o trabalho nos bastidores. “Poderemos ter uma troca muito bacana. Posso dar sugestões. Também consigo transmitir algumas questões aos jogadores, que muitas vezes não tem tanta noção de como funcional fora de quadra. Cuidar de um time é muita responsabilidade.
Rodrigo promete um time aguerrido em quadra. Para ele, as vivências anteriores o credenciam para saber lidar com cada situação. “A experiência como supervisor me auxiliou na gestão de pessoas, o que é fundamental para o trabalho com os atletas. Não vamos ter vida fácil, mas a equipe vai trabalhar forte. Vamos ter muito comprometimento e que não vai se entregar. Lutaremos por cada bola.”
Os torcedores que aguardam ansiosos pelo início da temporada, já podem anotar a data da estreia em casa. Dia 28 de outubro, sábado, às 19 horas.
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24/10 (terça-feira) – 20 horas: Caxias do Sul x União Corinthians (Ginásio do Sesi)
28/10 (sábado) – 19 horas: União Corinthians x Botafogo (Arnão)
30/10 (segunda-feira) – 19h30: União Corinthians x Vasco (Arnão)
07/11 (terça-feira) – 19 horas: Cerrado x União Corinthians (Ginásio da Asceb)
09/11 (quinta-feira) – 19h30: Brasília x União Corinthians (Ginásio Nilson Nelson)
13/11 (segunda-feira) – 19h30: União Corinthians x Mogi das Cruzes (Arnão)
15/11 (quarta-feira) – 19h30: União Corinthians x São José dos Campos (Arnão)
20/11 (segunda-feira) – 19h30: Bauru x União Corinthians (Ginásio Panela de Pressão)
22/11 (quarta-feira) – 20 horas: Franca x União Corinthians (Ginásio Pedrocão)
28/11 (terça-feira) – 19h30: União Corinthians x Paulistano (Arnão)
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