Integrar o Corpo de Bombeiros é mais do que ter uma profissão. Quem escolhe seguir a carreira reúne características como dedicação, vocação, habilidades técnicas e comprometimento com o próximo.
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Aos 36 anos, o segundo-sargento Filipe Martins da Cunha está nos bombeiros desde 2006. Logo que terminou o Ensino Médio em Cachoeira do Sul, ele já sabia que pretendia seguir carreira militar. Aprovado no concurso da Brigada Militar, que à época respondia pelo Corpo de Bombeiros, ele decidiu: iria seguir o caminho dos bombeiros. Após oito meses de formação, que envolve aprendizado técnico e jurídico, ele retornou para a terra natal. De lá, foi para Estrela e após para Santa Cruz do Sul, para atuar na formação dos soldados.
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Atualmente, está lotado na divisão de operações da Defesa Civil do 6° BBM e desde 2008 integra o grupo de guarda-vidas no litoral gaúcho. “Cada situação que vivenciamos é singular. Mas sempre é preciso atender da forma mais humanizada e técnica possível. É desafiador, mas sabemos da importância de nosso trabalho”, resume o pai de Miguel, de 6 anos. Para o sargento, a vocação e a paixão pela atividade servem de incentivo para o trabalho diário e o inspiram a ascender na carreira.
O encanto pela atividade e o compromisso em atender a população também servem de incentivo para a soldado Mariana Figueiredo. Nos bombeiros desde 2017, ela formou-se em Passo Fundo e logo foi destacada para atuar em Porto Alegre. “Sempre admirei a profissão de bombeiro e me preparei muito para isso”, diz. Em Santa Cruz do Sul desde o ano passado, Mariana atualmente trabalha na área administrativa, mas também atende ocorrências como socorrista. “Me sinto realizada com o que faço e com a possibilidade de ajudar as pessoas quando elas precisam”, orgulha-se a mãe de Theo, de 1 ano e meio, e esposa do também bombeiro Mateus.
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Prevenção faz parte do trabalho
Mais do que agir diante de ocorrências, os bombeiros desempenham um importante papel no sentido de prevenir situações de risco. O marco para atuação neste sentido se deu em 1997 com a publicação da lei 10.987, que tratava do assunto. Atualmente, as medidas preventivas são guiadas pela Lei Kiss (14.376).
O regramento, que se tornou mais rigoroso com o passar do tempo, resultou em mudanças em diferentes setores, como é o caso da construção civil. Hoje, segundo o tenente-coronel Nilton Camargo, empreendimentos multifamiliares, como os prédios residenciais, precisam passar por análise e liberação dos bombeiros antes do início das obras. Este diálogo com os empreendedores, ressalta, é importante para a proteção de todos. Em meio a isso, em construções já existentes são trabalhadas as adequações do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI).
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“Há uma maior conscientização em torno deste aspecto, algo que é positivo para todos”, diz o comandante. Além disso, profissionais de áreas como a engenharia têm trabalhado no desenvolvimento de tecnologias e materiais também voltados à prevenção, que chega a representar 20% do custo de um empreendimento.
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