Escrito como uma fábula, Fazenda dos animais continua sendo uma lição sobre o autoritarismo. Utilizando-se de animais para construir uma história aparentemente inocente, George Orwell coloca pautas que eram atuais em 1944, ano em que a obra foi escrita, mas que reverberam até hoje, mostrando-se mais contemporâneas do que gostaríamos de imaginar.
A narrativa conta a história da Fazenda do Solar, onde um porco, Major, teve um sonho no qual viu todos os animais unidos. Cansados de serem explorados e injustiçados pelos humanos, Major inspira todos os animais, e, juntos, eles elaboram um plano para expulsar o sr. Jones e sua esposa da propriedade, dando início a uma nova vida na fazenda, na qual a igualdade e a justiça prevaleceriam.
Seguindo os princípios do Animalismo, filosofia que serviria de doutrina para que pudessem construir um mundo melhor para todos os bichos, o mundo dos sonhos durou pouco. Napoleão, um dos porcos que passou a liderar a fazenda, torna-se um tirano, e acaba deixando a vida dos animais ainda pior do que era quando regida pelos humanos. Com isso, o sumiço do leite ordenhado, das maçãs e até mesmo das regras que foram impostas para o bom convívio em comunidade, acabam evidenciando questões como a ascensão de governos totalitários e a capacidade do poder corromper todos.
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Fazenda dos animais se tornou um clássico indispensável para qualquer um entender, de maneira fácil e direta, a história do século XX. A edição de colecionador chega totalmente repaginada pela Buzz Editora, que traz um projeto gráfico primoroso, capa dura e com textura que remete à pele de porco, além de um fitilho bordado com o nome do autor.
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