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Confirmada a 45ª morte por Covid-19 em Venâncio Aires

Foi confirmada nesta terça-feira, 16, a 45ª morte por Covid-19 entre moradores de Venâncio Aires. A vítima é uma mulher, de 87 anos, que estava internada no Hospital São Sebastião Mártir desde o dia 7. Ela tinha doenças prévias que afetavam o coração e o pulmão, condição que a colocava no grupo de risco para a infecção pelo novo coronavírus.

Este foi o terceiro óbito por Covid-19 confirmado em Venâncio Aires durante o feriadão de Carnaval. Outra mulher, de 89 anos, faleceu no sábado, e um homem de 84 faleceu no domingo. Desde a última quarta-feira, o município enfrenta a lotação máxima nos leitos para pacientes com a doença, tanto regulares quanto de UTI.

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Para evitar aglomerações, a Prefeitura estabeleceu um toque de recolher, que proíbe que as pessoas estejam na rua entre as 23 horas e as seis horas. A medida está em vigor desde sexta-feira e ainda vale entre estas terça, 16, e quarta, 17. Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107.9 nesta terça-feira, o prefeito Jarbas da Rosa (PDT) relatou que uma festa clandestina foi flagrada na noite de sexta. Cerca de 60 pessoas participavam.

Na sexta-feira, Venâncio registrou um recorde de casos de Covid-19 confirmados, foram 93 infecções em 24 horas. Nessa segunda, a procura de pessoas com suspeita da doença por atendimento de saúde seguiu intensa. “Foram mais de 300 atendimentos no CAR, também atendimento alto na UPA e no hospital. A situação ainda não é fácil, essa semana será muito decisiva”, relatou o prefeito, que também é secretário de Saúde do município.


Jarbas da Rosa acredita que o descaso de parte da população com a pandemia durante o feriadão afetará gravemente a situação nas próximas duas semanas, podendo levar a região à classificação de bandeira preta, que indica risco altíssimo, no modelo de distanciamento controlado, do governo estadual. “A gente observa os noticiários diariamente, isso vai dar efeito daqui a 10, 15 dias, com certeza. A gente já se preocupa com a situação que está hoje, de lotação máxima, de os serviços da saúde beirando o colapso, indo para uma situação de estrangulamento, o que a gente percebe que nos próximos dez, 15 dias, a situação vai piorar. Muito provavelmente uma bandeira preta, uma situação mais complicada, de mais restrições de mobilidade. Isso a gente observa que, a médio e longo prazo, pode acontecer, infelizmente, não por vontade nossa, mas por necessidade”, projetou.

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Sobre a capacidade de atendimento hospitalar no município, o prefeito destacou que pacientes já estão sendo transferidos para outras cidades. Na quinta-feira, um infectado pelo novo coronavírus que precisava de leito de terapia intensiva foi transferido para Cachoeira do Sul. Na sexta, uma pessoa foi levada a Santa Cruz do Sul. “Quinze dias atrás tivemos que levar um paciente Covid que precisava de UTI para Vacaria. Enquanto existe alguma outra UTI que consegue absorver nosso pacientes, tudo bem, mas quando chega a uma situação que não tem onde levar mais, porque os outros municípios também entram em situação crítica, isso sim nos preocupa”, disse Rosa.

“A vacinação avança a passos lentos, por falta de vacina, não tem uma quantidade que vá mudar a história nos próximos meses. A gente não pode esquecer as coisas básicas, o bê-á-bá, a tecla em que a gente bate há 11 meses: distanciamento social, evitar aglomerações, uso de máscara – a gente continua observando muita gente sem máscara nas ruas –, uso do álcool em gel. São coisas básicas que fazem a diferença principalmente para diminuir a velocidade de transmissão da doença. ‘Ah, mas não adianta, um dia eu vou pegar’. Certo, um dia vai pegar, provavelmente, mas não pode todo o mundo pegar junto”, pediu o prefeito de Venâncio Aires.

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