Mais uma Páscoa chega e com ela toda a tradição e simbolismo religioso. A data vai muito além do chocolate e do costume do coelho da Páscoa. Embora os hábitos mudem de acordo com as crenças de cada um, a Sexta-feira Santa é o dia em que muitas pessoas optam pelo consumo de peixe em nome da herança cultural. Via de regra, os pescados deveriam fazer parte da alimentação da população pelos diversos benefícios que trazem à saúde. Mas não são tão comuns na mesa do brasileiro.
Muitas vezes, também há dúvidas na hora de escolher o melhor peixe, como prepará-lo e como aproveitar todas as propriedades benéficas do produto. Segundo Luciana Cassaboni, auxiliar técnica do curso de Gastronomia da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), há como escolher uma boa peça a partir das suas características. “Na nossa região se encontram com mais facilidade os peixes de água doce, que geralmente são mais gordurosos do que os de água salgada. Para aqueles que preferem peixes com menos espinhos, há o cação, o anjo e o surubi, assim como a tilápia. Já os mais comuns com espinhos são a piava e a traíra”, orienta.
Algumas pessoas dizem que os peixes de água doce têm gosto de barro. Conforme Luciana, isso é verdade. “O peixe de rio é mais gorduroso e muitos têm o gosto de terra, pois o animal ingere muito líquido.” Conforme a profissional, há como minimizar esse gosto através de uma marinada de temperos, como limão, cominho, gengibre em pó, vinho branco, alho e tempero verde.
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A iguaria típica da quaresma pode ser feita de várias formas, mas alguns peixes harmonizam com uma preparação específica. “Tem peixes que combinam mais assados, alguns para ensopados e outros fritos. O cação, por exemplo, é um peixe para molho, se tentar fazer frito, ou no forno, ficará muito seco”, explica.
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Frito
Luciana dá uma dica preciosa para um peixe empanado crocante por fora, úmido por dentro e com pouca gordura: “Tempere o peixe normalmente, coloque na farinha de trigo, depois passe na clara do ovo batida e diluída com um pouco de água. Posteriormente, passe na farinha de rosca ou milho”. A camada do empanamento cria uma proteção e evita que o peixe desidrate. Assim, mantém ele úmido, mas com uma casquinha externa crocante.
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Assado
Para um preparo no forno ou na grelha, Luciana indica passar algum tipo de gordura, como manteiga, margarina ou óleo na pele, independentemente de ser assado na folha de bananeira, na grelha ou no papel laminado. Caso o preparo seja no papel laminado, o indicado é utilizar a parte brilhosa para o lado do alimento, para reter mais temperatura e cozinhar com mais eficiência.
Ensopado
Para preparar o peixe na panela e evitar que o cheiro forte se espalhe pela casa, Luciana recomenda o uso de temperos como limão e vinho branco.
Tilápia à milanesa com molho de mostarda
Luciana Cassaboni escreveu um livro, intitulado Receitas com tilápia, onde elencou os principais cortes e diversas receitas com esse peixe, inclusive pratos doces. “Nele há diversas receitas, como moqueca, escabeche, ensopado, inclusive uma sobremesa de criação própria: pudim de milho verde com tilápia caramelizada”, ressalta. O livro lançado em parceria com a Emater/RS apresenta também uma receita de cuca de tilápia. Para esta sexta-feira, a dica de prato é filé de tilápia à milanesa com molho de mostarda, indicação de Luciana.
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