Para compreender o contexto que levou à Independência do Brasil, a leitura de uma trilogia do escritor e pesquisador paranaense Laurentino Gomes é essencial. Os três volumes remetem já pelo título diretamente aos anos em questão: 1808, lançado em 2007, evoca a chegada da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro e a abertura do Brasil para o mundo; o segundo volume, 1822, lançado em 2010, ambienta justamente o clima que antecedeu e sucedeu ao grito de Independência emitido por dom Pedro; por fim, 1889, lançado em 2013, e que fecha a trilogia, demarca o fim da Monarquia e a proclamação da República, logo em sequência a outro marco nacional, longamente aguardado e acalentado, a abolição da escravidão, no ano anterior. Este contexto, do Brasil rendido e refém dos interesses escravocratas, resultou em mais uma trilogia, recentemente concluída por Gomes, dedicada a investigar a escravidão.
Os verbetes da independência
O escritor e jornalista porto-alegrense Eduardo Bueno, o Peninha, é um dos principais difusores e divulgadores de conteúdo sobre a história nacional. A coleção Brasilis, com quatro volumes dedicados a fatos e personagens marcantes no passado brasileiro, está entre os textos mais lidos no País. Lançada entre 1998 e 2006, ilumina desde a viagem de descobrimento às expedições seguintes e aos colonizadores. Mas ele também se voltou para o momento da Independência brasileira. O livro Dicionário da Independência: 200 anos em 200 verbetes, pela editora Piu, lançado em 2020, promove um passeio sobre o contexto em que o Brasil declarou a autonomia em relação a Portugal. Estão referidos, de maneira didática e elucidativa, fatos, personagens, elementos, circunstâncias que familiarizam o leitor com os grandes marcos históricos de 200 anos atrás.
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Os personagens
Se os principais gestos ou ações e as frases consagradas até já estão, como se diz, na boca do povo, o que nunca está totalmente claro ou conhecido é quem, na linha de frente ou nos bastidores, atuou para que a Independência se concretizasse. Para contribuir nesse terreno, o escritor gaúcho Rodrigo Trespach, que já assina importantes livros voltados à colonização alemã no Sul do País, publicou pela editora 106 a obra Personagens da Independência do Brasil. De forma didática, elenca desde as lideranças mais reconhecidas até algumas figuras pouco mencionadas e que, dos bastidores, foram determinantes naquele período. E recentemente, já na iminência dos 200 anos de Independência, Trespach lançou, pela editora Citadel, o livro Às margens do Ipiranga, no qual, em 194 páginas, detalha o percurso de 1,4 mil quilômetros que dom Pedro fez em um mês e que resultou no grito de Independência.
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