A pílula do dia seguinte, um método contraceptivo de emergência, pode ser empregada após uma relação sexual desprotegida ou quando há falha no método de proteção habitual. Embora represente um avanço significativo para os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, seu uso indiscriminado e sem orientação adequada pode acarretar riscos à saúde.
O medicamento não é abortivo, mas contém altas taxas de hormônios, que impedem a ovulação ou dificultam a fecundação do óvulo pelo espermatozoide, prevenindo assim uma gravidez indesejada. Estudo recente conduzido pelo Instituto IPEC, divulgado em setembro de 2023, abordou 2 mil pessoas e revelou que aproximadamente 43% das brasileiras recorrem à pílula do dia seguinte como método emergencial de contracepção.
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Embora o seu uso seja expressivo, muitas mulheres ainda carecem de informações precisas sobre o tema. Pensando nisso, Camilla Salmeron, ginecologista do AME Mulher esclarece as 10 principais dúvidas sobre o assunto. Leia a seguir:
R: Não! O mecanismo de ação da contracepção de emergência é imediato, logo, não tem qualquer impacto na fertilidade a longo prazo.
R: Não, mas a contracepção de emergência não deve ser usada rotineiramente ou minimamente programada, apenas em situações excepcionais. Portanto, a frequência ideal é a menor possível.
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R: Não. Se a pessoa estiver usando corretamente um método contraceptivo regular, seja pílula, injetável, DIU ou outros, não é necessário recorrer à contracepção de emergência.
R: Não, porém, pacientes que tenham histórico de queixas relacionadas a cefaleia, náuseas e sangramento uterino anormal podem ter esses sintomas agravados pelo uso da pílula.
R: Não! A contracepção de emergência não está associada a alterações de peso.
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R: A eficácia da pílula é maior quanto mais cedo for tomada após a relação sexual desprotegida, sendo 99,5% eficaz nas primeiras 12 horas, 95% nas 24 horas, 85% nas 48 horas e 58% após 72 horas (3 dias depois do ato). Após esse período, seu uso não é mais recomendado.
R: Não há estudos que confirmem isso. Se houver conhecimento prévio do risco de gravidez, medidas preventivas devem ser tomadas antes da relação sexual, no caso, o uso do preservativo pode ser um bom aliado nesse momento.
R: Não, o consumo de álcool ou de alimentos não altera a eficácia da pílula. No entanto, alguns medicamentos, como anticonvulsivantes ou antirretrovirais, podem reduzir a quantidade de contraceptivo no sangue, possivelmente exigindo um ajuste na dose. Mas isso precisa ser feito sob orientação médica.
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R: Não, nenhum método contraceptivo oferece 100% de garantia. Todos têm uma taxa de falha que varia, principalmente, de acordo com o uso.
R: Sim, é possível solicitar a pílula do dia seguinte sem a necessidade de consulta ou receita médica. Tanto os preservativos quanto a medicação são fornecidos gratuitamente pelo SUS, em unidades de saúde espalhadas pelo país. É importante ressaltar que no mesmo local onde se solicita a medicação, é possível também obter orientações e esclarecer dúvidas.
Lembrando que o uso do preservativo, feminino ou masculino, em todas as relações sexuais é uma importante forma de prevenir não só a gravidez não planejada, mas também Infecções Sexualmente Transmissíveis. Portanto, utilize o preservativo como medida preventiva para garantir uma vida sexual saudável e segura.
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