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Confiança do industrial gaúcho volta a cair em abril

Depois de cinco altas consecutivas, e de alcançar em março o maior nível em 14 meses (40,6 pontos), o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), voltou a cair em abril. Atingiu 39,5 pontos, o que faz o ciclo de falta de confiança chegar a 25 meses. “O curto período de aumento da confiança, decorrente do ajuste nos estoques e da desvalorização cambial, não se sustentou. Os fracos resultados do setor no início do ano e o agravamento da crise econômica e política foram determinantes para que o indicador voltasse a cair”, explica o presidente da Fiergs, Heitor José Müller. Todos os componentes do ICEI-RS – as condições atuais e, especialmente, as expectativas – recuaram.

Também houve queda de 0,8 ponto no indicador de condições atuais, de 33,6, em março, para 32,8 pontos, em abril. Isso revela uma deterioração adicional no cenário já bastante negativo. Em relação à economia brasileira, esta reavaliação foi particularmente acentuada: caiu de 24,5 para 21,3 pontos, refletindo um alto percentual, 82,4%, de empresários que ainda percebem piora no quadro. Apenas 1,2% acreditam que a situação está melhor. Quando a pesquisa abrange o Rio Grande do Sul, os empresários também veem queda: de 24,8 pontos, em março, para 23,6, em abril. Na percepção dos pesquisados, apenas as condições para as empresas subiram um pouco: o índice foi a 38,7 pontos, quando no mês anterior alcançou 38,2.

PRÓXIMO SEMESTRE – As expectativas também pioraram para os próximos seis meses, com o indicador recuando de 44,2 para 43 pontos entre março e abril. O pessimismo continua bem mais intenso no componente que mede a economia brasileira: caiu de 32,7 para 30,8 pontos. A parcela de empresários pessimistas (60,4%) é bem maior do que a de otimistas (6,2%). Já as expectativas com as próprias empresas voltaram a ficar negativas, de 50,1 para 49 pontos.

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O Índice de Confiança do Empresário Industrial é elaborado mensalmente pela Fiergs, baseado em quatro questões: duas referentes às condições atuais e duas referentes às expectativas para os próximos seis meses com relação à economia brasileira e à própria empresa.

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