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Confiança do empresário gaúcho mantém trajetória de recuperação

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS) divulgado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), nesta terça-feira, 19, manteve a trajetória de recuperação e alcançou 50,2 pontos em julho. Foi a terceira alta consecutiva, e ao superar levemente a linha dos 50 pontos, encerra um ciclo de 27 meses de falta de confiança no empresariado gaúcho. Em junho, ele havia chegado a 46,3 pontos. “Aos poucos, a expectativa é de que possa haver uma reversão no atual cenário recessivo no País. Para isso, no entanto, será imprescindível ao novo governo encaminhar uma solução para a crise fiscal, sem aumento de impostos, e das reformas estruturais necessárias para a volta do crescimento econômico”, diz o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.

Segundo Müller, a retomada da confiança do industrial é essencial para a volta dos investimentos e da atividade no setor. “A reação da atividade na indústria ainda não ocorre por completo, pois ela segue submetida a condições como a queda da demanda interna, ao crédito mais escasso e ao desaquecimento do mercado de trabalho”, citou.

 Em julho, o índice de condições atuais atingiu 42 pontos, 3,5 acima do mês anterior e o maior valor desde maio de 2014. Apesar da recuperação, ainda reflete a situação deteriorada. O maior crescimento no mês em relação a junho ocorreu no índice relativo à economia brasileira, que pulou 6,1 pontos e atingiu 38,8. Em três meses, aumentou 17,5 pontos. Da mesma forma, as condições das empresas ficaram menos desfavoráveis: o índice subiu de 41,5 para 43,6 pontos.

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FUTURO – Quando questionados sobre as condições que vislumbram para o futuro, os empresários consultados no ICEI-RS em julho revelam mais otimismo. O Índice de Expectativas para os próximos seis meses passou para 54,5 pontos – contra 50,2 de junho -, o maior valor desde abril de 2014. Isso indica perspectivas positivas pela primeira vez desde maio do mesmo ano. A expectativa com a economia brasileira evolui, ainda que o pessimismo persista. O índice, em 48,6 pontos, subiu 17,8 em três meses (em junho, foi de 43,8). O otimismo é maior com relação às próprias empresas, cujo índice passou para 57,8 pontos, recorde em 28 meses.

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