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Conferência dos Direitos da Pessoa com Deficiência aborda a inclusão

Em meio aos debates, grupos realizaram apresentações artísticas | Foto: Jaime Friedrich

Após 15 anos, a Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência voltou a ser promovida em Santa Cruz do Sul. O evento ocorreu nessa quinta-feira, 24, no Memorial da Unisc com a presença de representantes de conselhos, ONGs, empresas, entidades, prefeitura, Poder Legislativo, hospitais, universidade e 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE).

A conferência organizada pelo Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (Compede) teve como tema central o Cenário atual e futuro na implementação dos direitos da Pessoa com Deficiência – Construindo um Brasil mais inclusivo. A presidente do Compede, Francine Beatriz da Silva, mostrou otimismo diante das conquistas. “Hoje é o dia para apontarmos problemas, trazer as demandas, as dificuldades, mas sem esquecer também do muito que já foi conquistado e vencido”, afirmou.

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A secretária municipal de Desenvolvimento Social, Roberta Pereira, destacou a participação de representantes de diversas instituições. Afirmou que o Compede é um dos conselhos mais atuantes de Santa Cruz e ressaltou o trabalho feito a muitas mãos em favor dos direitos das pessoas com deficiência. “Fizemos muitas coisas ao longo de 2023 e caminhamos no sentido de tornar Santa Cruz uma cidade mais inclusiva e acolhedora para PCDs. Inovamos com a criação do Departamento de Inclusão como forma de mostrar que é na convergência, no diálogo e no trabalho conjunto que podemos estreitar laços entre diferentes atores e avançar ainda mais”, disse.

O representante do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Valdair da Rosa Silva, salientou a importância de iniciativas voltadas à inclusão, mas reforçou que é preciso avançar. “Espero que um dia não seja preciso mais falar de inclusão nem de quebra de barreiras, nem de capacitismo, nem de preconceito, mas até lá temos uma longa caminhada.”

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Além da inclusão, combate ao capacitismo

Atitudes intencionais ou não de discriminação e preconceito com relação a uma deficiência, internalizadas, subliminares, embutidas na sociedade. Essas são características do capacitismo, conceito ainda pouco conhecido da população, mas cuja prática é considerada crime, com pena de reclusão de um a três anos e multa.

O assunto foi a pauta de um dos momentos mais elucidativos da conferência, a partir da fala da pesquisadora Lisandra Metz, membro da Comissão Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB – Seccional Santa Cruz do Sul. Durante cerca de 40 minutos, ela tentou construir junto com a plateia o entendimento sobre o que de fato é o capacitismo, trazendo as origens do termo e exemplos para identificá-lo. “O capacitismo é um preconceito e uma discriminação muito enraizada. Identificar as situações em que ocorre é o primeiro passo para aceitar que ele existe e combatê-lo.”

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