A Conesul Soluções Ambientais, de Santa Cruz, foi declarada vencedora da licitação para ampliação da coleta seletiva de resíduos sólidos. A empresa, que já possui contratos com a Prefeitura, foi a única habilitada na concorrência pública. A previsão é iniciar a operação no segundo semestre, quando praticamente toda a extensão da zona urbana passará a ser atendida pelo serviço.

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O processo licitatório foi concluído ontem à tarde, com a abertura da proposta. Uma segunda empresa, a BVK Obras e Saneamento, de Curitiba, havia se apresentado na primeira etapa da disputa, mas não foi habilitada. O edital estimava uma remuneração de R$ 781,5 mil por ano para a contratada, mas os detalhes da proposta vencedora ainda não foram divulgados.

Especializada na prestação de serviços para empresas e prefeituras, a Conesul atua em mais de 50 municípios do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, segundo informações do site oficial. Em Santa Cruz, mantém contratos para recolhimento de lixo convencional na área urbana e para coleta por meio de contêineres na região central, ambos com vigência até setembro deste ano. Ainda há um terceiro contrato para coleta de resíduos na zona rural, que vale até março do ano que vem.

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Atualmente, a coleta seletiva é feita pela Cooperativa de Catadores e Recicladores (Coomcat) em somente 15 bairros. Nos demais, a Conesul realiza coleta única. Com o novo contrato, o modelo será levado a todos os outros bairros, exceto o Bairro do Parque, que possui uma densidade demográfica muito inferior.

Uma das metas com a medida é incentivar a separação domiciliar do lixo. A prática é menos comum nas regiões não atendidas pela coleta seletiva, já que os materiais são todos recolhidos por um mesmo caminhão. Outro objetivo é ampliar o índice de reciclagem, que hoje é de cerca de 12%. Pelo plano do Palacinho, todos os resíduos recicláveis serão encaminhados para a Coomcat.

Em 2020, a Prefeitura gastou R$ 11,1 milhões com gerenciamento dos resíduos. O governo acredita que, com a ampliação da coleta seletiva, a despesa deve cair gradativamente, à medida que o volume de lixo encaminhado para destinação final se reduza – atualmente, mais de 32 mil toneladas por ano são levadas para o aterro sanitário. O sucesso do projeto, no entanto, vai depender da adesão da população à separação.

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O governo também lançou uma licitação para contratar uma nova unidade de transbordo, já que a usina do Bairro Dona Carlota, que atualmente é administrada pela Coomcat, será desativada. Nesse caso, porém, não houve empresas interessadas.

Entenda

Como é a coleta de resíduos hoje?

A coleta seletiva é operada pela Coomcat em 15 bairros: Universitário, Avenida, Goiás, Higienópolis, Santo Inácio, Arroio Grande, Ana Nery, Belvedere, Bonfim, Margarida Aurora, Monte Verde, Independência, Renascença, Várzea e Centro. Nos demais bairros, tanto os resíduos orgânicos quanto os recicláveis são recolhidos pela Conesul.

Como ficará a partir de agora?

A Coomcat seguirá à frente da coleta de recicláveis nos 15 bairros atuais. Nos demais, o serviço será executado pela Conesul.

Como funcionará o serviço?

A coleta de recicláveis vai ocorrer em um dia da semana, de acordo com um cronograma por bairro. Já a coleta de orgânicos ocorrerá nos demais dias.

O que será feito com os resíduos após a coleta?

Os recicláveis serão todos destinados à Coomcat para reciclagem e comercialização. Já os orgânicos serão encaminhados para o aterro sanitário de Minas do Leão.

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