No condomínio residencial Tipuanas, no centro de Santa Cruz do Sul, o lixo produzido pelos moradores dos 50 apartamentos é totalmente separado. Vidro, metal, papel e plástico são depositados em contêineres específicos no subsolo do prédio, assim como o lixo orgânico e o óleo de cozinha usado. Tudo é recolhido diariamente por trabalhadores da Cooperativa dos Catadores e Recicladores de Santa Cruz do Sul (Coomcat), seguindo para a reciclagem correta. Somente o lixo orgânico segue para o descarte convencional.
Como não existe lei ou regulamentação que obrigue a separação dos resíduos, os condomínios não podem impor isso aos seus moradores. “Não existe amparo legal, não podemos obrigar as pessoas a separar o lixo. Então, é uma questão de consciência e bom-senso de cada um”, afirma o síndico, Jonas Seelig.
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No entanto, ele diz que isso é uma questão de orientação e adaptação, e que os moradores já estão acostumados com a rotina. A iniciativa da separação deve partir dos próprios condomínios, que podem pedir orientações à Coomcat sobre qual estratégia adotar e qual a melhor forma de adaptá-la à realidade de cada local.
Orientação é que lixo seja separado em pelo menos três compartimentos
Grande parte dos moradores de Santa Cruz do Sul reside em prédios residenciais e condomínios, e, com o crescimento deste tipo de moradia, aumenta também a necessidade de dispositivos para o descarte do lixo domiciliar. Alguns locais já possuem contêineres para lixo orgânico e reciclável, mas muitas pessoas ainda possuem dúvidas a respeito do sistema de coleta.
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Conforme a engenheira ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Semass), Gabriela Ottmann, a Prefeitura disponibiliza 300 contêineres na área central e 20 no Loteamento Viver Bem, nas vias públicas. Já os contêineres dentro dos condomínios são de responsabilidade dos gestores condominiais.
“Com relação ao gerenciamento dos resíduos, os moradores definem o quanto vão investir em melhorias. O condomínio pode utilizar este tipo de dispositivo (contêineres) na parte interna de acordo com seu interesse, para que os moradores realizem a segregação dos resíduos”, explica. Os contêineres disponibilizados pela Prefeitura são coletores de resíduos orgânicos e rejeito. Nos condomínios, a separação interna indicada é disponibilizar três compartimentos: para os resíduos secos recicláveis, outro para orgânicos e rejeitos; e outro para eletroeletrônicos.
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A forma de coleta nos prédios também pode ocorrer de duas maneiras. Na coleta automatizada, os condôminos utilizam os contêineres na área central disponibilizada pela Prefeitura para depositar seus resíduos orgânicos e rejeitos e os secos destinados à Coleta Seletiva Solidária, realizada pela Coomcat. Já na opção de coleta convencional, os moradores podem separar os resíduos na área interna, e eles devem ser colocados para a coleta no exterior no dia e no horário em que a região é atendida.
Adequar a disposição dos resíduos recicláveis na rua, de acordo com o cronograma, torna a etapa mais ágil e eficiente, conforme informações da Coomcat. Mesmo nos bairros que não possuem Coleta Solidária, é imprescindível o acondicionamento específico para cada tipo de resíduo, e a disposição final desses para a coleta convencional também deve ser de forma separada. Ainda que os materiais passem pela compactação, a separação correta diminui as chances de contaminação destes resíduos, que precisam estar limpos para ser encaminhados às indústrias de reciclagem.
Contêineres verdes
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Entre as irregularidades mais comuns está o uso incorreto dos contêineres disponibilizados pela Prefeitura. “O correto é a disposição de resíduos orgânicos e de rejeitos. O que percebemos é que parte da população não realiza desta forma, dispondo muito material reciclável que poderia, por exemplo, ser reciclado, ao invés de ir para aterro sanitário”, conta Gabriela. Além dos recicláveis, materiais como eletrônicos, lâmpadas, pilhas, material de construção e resíduos de poda não devem ser colocados nos recipientes.
A Coomcat reforça que a população deve acondicionar os seus resíduos recicláveis nas lixeiras, contentores ou em frente às residências, de acordo com o cronograma da Coleta Seletiva Solidária. Recentemente, a cooperativa incluiu também na sua coleta resíduos eletroeletrônicos e óleo de cozinha. Para tirar dúvidas a respeito do serviço da Coomcat e agendar a entrega de materiais, entre em contato com a cooperativa pelo telefone (51) 3902 7669 ou WhatsApp (51) 9 9524 7693. O Ponto de Entrega Voluntária fica na Rua Venâncio Aires, 1.445, no Centro de Santa Cruz.
Colaborou o jornalista Iuri Fardin
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