Regional

Condições precárias dificultam trafegabilidade na rota alternativa de Albardão

Após a ponte na RSC-287 sobre o Rio Pardo, em Candelária, ficar danificada pela enchente, o tráfego de veículos está limitado na região. Enquanto a comunidade aguarda pela obra de recuperação da estrutura, que deve começar nesta sexta-feira, 17, os motoristas optam por rotas alternativas, como pela localidade de Albardão.

Durante essa quinta-feira, 16, a equipe da Gazeta do Sul percorreu o trajeto e constatou que não há condições de trafegabilidade, em especial a partir do trecho por Rio Pardo. O tempo de percurso saindo do Centro de Santa Cruz até o trevo de acesso de Candelária durou três horas, em 83 quilômetros de estrada. Pela RSC-287 o tempo é de 45 minutos, em cerca de 40 quilômetros.

A partir de Vera Cruz, o trajeto inicia-se na ERS-409, ingressando na Rua Marechal Rondon e passando pela estrada de Linha Henrique D’Avila – o último ponto asfaltado. Mais adiante, próximo à divisa com Rio Pardo, foi realizado um trabalho para colocação de pedras para erguer a estrada. Esse trecho requer atenção, pois o trânsito é limitado em um sentido, ocorrendo o pare e siga. 

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Logo adiante, entre a divisa de Vera Cruz e Rio Pardo, chega-se à temida estrada de Albardão, que apresenta uma série de problemas, como atoleiros, desníveis e muito barro. A rota mais rápida para chegar à RS-410 é pela região do Clube União Fortaleza. No entanto, nessa quinta-feira, um atoleiro a cerca de três quilômetros da rodovia principal impediu a passagem dos veículos. Máquinas atuavam para desobstruir a via, mas uma delas acabou atolando. 

Com o estado precário da via, a alternativa é fazer o retorno e seguir pelo caminho conhecido como “Estrada Velha do Daer”, que dá acesso à ERS-403. Pelo trecho de quase 12 quilômetros, os motoristas enfrentam um rali e se deparam com o perigo de ter o seu veículo atolado na lama. Ao chegar à rodovia o trajeto volta a ser asfaltado, mas a sinalização é pouca. Dirigindo por cinco quilômetros, chega-se à ERS-410.

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A partir desse ponto, a estrada volta a ser em chão batido até as proximidades da unidade da Cotrijal Candelária. O trecho também apresenta alguns problemas, como atoleiros. Cargas de pedra foram colocadas na região da localidade de Pinheiro, mas em virtude da passagem dos veículos, ocorreu o desnivelamento. Carros e motocicletas precisam ter atenção para evitar danos e quedas.

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Depois de passar pela região que concentra algumas indústrias, inicia-se o trajeto asfaltado. São cerca de 13 quilômetros até o trevo de acesso à cidade, na RSC-287.

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Prejuízos

Taxista de Candelária, Arvantino Goulart passou nessa quinta pelo trajeto levando doações

Quem passou pelo trecho de Albardão ontem foi o taxista Arvantino Tavares Goulart, 55 anos. Conhecido em Candelária como Mano do Taxi, há 30 anos ele passa pelas estradas da região. “Esse trecho sempre foi ruim, mas com essa enchente piorou muito.” Ainda nessa quinta, os passageiros deram lugar a doações para serem entregues aos atingidos em sua cidade. “Já passei outros dias por aqui, e está bem complicado. Até registrei danos no meu carro”, ressalta.

Mais adiante, próximo à ERS-403, há uma oficina. Lá estavam carros aguardando conserto, entre eles o do agricultor Vilson Plate, 60 anos. Ele contou que ao tentar atravessar um local com cascalho, seu carro acabou batendo. “Quebrou o parachoque e perdi a placa. Não tinha o que fazer: desviava das pedras ou ficava atolado no barro”, lamentou.

Plate tem uma plantação de soja, mas devido às condições da estrada, não consegue passar com o caminhão. “A carreta está lá na lavoura, carregada, mas não passa nesse barro.” Para conseguir rebocar o carro danificado, o morador da localidade de Cruz Alta contou com a ajuda de um trator.

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Nessa quinta, a Prefeitura de Rio Pardo informou que está realizando melhorias nas estradas, como na Estrada Velha e parte alta de Albardão, uma das principais rotas para Vera Cruz.

Agricultor Vilson Plate bateu o carro ao tentar atravessar um lugar com cascalh

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Ricardo Gais

Natural de Quarta Linha Nova Baixa, interior de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais tem 26 anos. Antes de trabalhar na cidade, ajudou na colheita do tabaco da família. Seu primeiro emprego foi como recepcionista no Soder Hotel (2016-2019). Depois atuou como repositor de supermercado no Super Alegria (2019-2020). Entrou no ramo da comunicação em 2020. Em 2021, recebeu o prêmio Adjori/RS de Jornalismo - Menção Honrosa terceiro lugar - na categoria reportagem. Desde março de 2023, atua como jornalista multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, em Santa Cruz. Ricardo concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira (2016) e ingressou no curso de Jornalismo em 2017/02 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em 2022, migrou para o curso de Jornalismo EAD, no Centro Universitário Internacional (Uninter). A previsão de conclusão do curso é para o primeiro semestre de 2025.

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