Condenados pela tragédia da Boate Kiss começam a ser presos

Já estão presos dois dos condenados pela tragédia da Boate Kiss. Elissandro Callegaro Spohr, o Kiko, um dos sócios da boate, entregou-se por volta das 21h30 desta terça-feira, 14, em Porto Alegre. Ele foi condenado a 22 anos e meio de prisão no julgamento que terminou na última sexta-feira, 10, após dez dias de sessão. Meia hora antes de Kiko se render, Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da Banda Gurizada Fandangueira, sentenciado a 18 anos, foi preso em São Vicente do Sul.

Os outros dois condenados, Mauro Londero Hoffmann, sócio da boate, e Luciano Augusto Bonilha Leão, produtor da banda, já manifestaram que vão se entregar. As capturas são resultado de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) desta terça-feira. O presidente do STF, ministro Luiz Fux, acolheu pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) e determinou a prisão dos quatro condenados pelos 242 homicídios da tragédia da Boate Kiss.

Para o procurador-geral de Justiça, Marcelo Dornelles, a decisão “restabelece a correta aplicação da lei, assegurando o princípio da soberania dos jurados. O Ministério Público do Rio Grande do Sul sempre teve confiança e convicção da responsabilidade dos condenados”, disse Dornelles. No recurso, o MP-RS destacou que, antes mesmo de encerrado o julgamento, o juiz-presidente, Orlando Faccini Neto, foi comunicado da concessão de habeas corpus preventivo pelo desembargador Manuel José Martinez Lucas, determinando que, em caso de condenação, Faccini Neto se abstivesse “de decretar a prisão do paciente Elissandro Callegaro Spohr, estendendo a ordem aos corréus Mauro Londero Hoffmann, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão”.

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