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Concessão da RSC-287 ainda é possível, afirma secretário

Mesmo após assinar um contrato de R$ 12,6 milhões da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) para manutenção da RSC-287 por dois anos, o secretário estadual de Transportes, Pedro Westphalen, garantiu que o futuro da rodovia mais importante do Vale do Rio Pardo ainda é indefinido e que não se descarta a possibilidade de incluí-la no pacote de concessões que deve ser lançado pelo Estado até o fim do ano.

O ato de assinatura ocorreu ontem no Palacinho. Na ocasião, Westphalen chegou a afirmar que o Estado trabalha em projetos para “potencialização” da 287, com implantação de terceiras pistas em alguns pontos, em especial no trecho entre Santa Cruz do Sul e Porto Alegre.

Questionado sobre se isso significa que o governo não tem planos de terceirizar a gestão da estrada, porém, Westphalen afirmou que ainda não há definição sobre os trechos que serão incluídos no plano e que todas as rodovias estaduais estão sendo avaliadas. “O que precisamos é que elas fiquem em pé e que as obras que são necessárias aconteçam. Por enquanto, a 287 está sob cuidado do Estado e temos esses projetos para potencializá-la. Mas se houver uma mudança no meio do caminho, não há problema”, disse o secretário.

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A declaração ocorre no momento em que a região vem pressionando o Estado para que a 287 volte a ser concedida à iniciativa privada no trecho Tabaí–Santa Maria. O entendimento é de que só assim a sonhada duplicação da rodovia se tornará possível, em razão do agravamento da situação financeira do Estado. O próprio presidente da EGR, Nelson Lídio Nunes, disse durante o ato de ontem que o custo de uma duplicação poderia chegar a R$ 4,5 milhões por quilômetro e que a EGR não dispõe desse recurso.

De acordo com Westphalen, o pleito da região vai ser ouvido. Ele alegou, no entanto, que é preciso ter cautela na decisão. “Às vezes a vontade dos nossos líderes não é a vontade da população. Vimos nas audiências públicas do plano de concessões rodoviárias do governo federal que ainda há muita resistência a isso”, disse.

Trabalhos começam na semana que vem

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A manutenção da 287 será feita por uma empresa de Porto Alegre, a Coesul, no trecho entre os quilômetros 28 (Tabaí) e 125 (na altura do trevo de Vale do Sol). Segundo o presidente da EGR, Nelson Lídio Nunes, os trabalhos devem começar na semana que vem e vão priorizar os pontos críticos da rodovia. 

Em suas falas, os representantes do Estado reconheceram as más condições de conservação da estrada. “Os problemas são muito grandes na 287. A situação da estrada é grave”, admitiu Westphalen, que alegou ainda que a rodovia é “importante para  a economia gaúcha” e corredor para “milhões de mercadorias”. De acordo com Nunes, o objetivo com o contrato de manutenção é corrigir defeitos e “tirar o desconforto dos motoristas”.

O ato de assinatura foi prestigiado por diversos líderes políticos e da sociedade civil. Ao se pronunciar, o prefeito Telmo Kirst (PP) comemorou o anúncio do Estado, mas deixou claro que a rodovia precisa de investimentos maiores. “Esse é um começo, mas a nossa expectativa é muito maior. Nossa intenção é ver a 287 duplicada, seja por concessão ou pela própria EGR”, disse.

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Viaduto sem prazo para inaugurar

Antes do ato no Palacinho, Pedro Westphalen e Nelson Lídio Nunes vistoriaram a construção do viaduto no Fritz e Frida. A visita aconteceu uma semana após os trabalhos no trevo terem sofrido uma paralisação porque a empresa que transportava materiais para a obra suspendeu o serviço, sob alegação de atrasos em pagamentos pelo consórcio responsável pela obra. Ontem, porém, havia homens trabalhando no local. O presidente da EGR garantiu que, da parte do Estado, os pagamentos estão sendo feitos “religiosamente em dia” e afirmou que a obra está em “ritmo razoável”. 

Embora reticente em dar prazos, alegando que fatores climáticos podem comprometer as previsões, Westphalen disse que a obra deve ser entregue em “junho ou julho”, incluindo o trecho duplicado de 3,1 quilômetros da 287. Já Nelson Lídio Nunes se limitou a garantir que os trabalhos serão concluídos ainda este ano. Conforme ele, um dos extremos do viaduto já está com o aterro praticamente finalizado. Do outro, ainda está sendo feita a colocação de muros laterais para o confinamento do aterro. Quando essa parte for concluída, a obra passará para a fase final, com a implantação do tablado de concreto e a camada asfáltica. 

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