A comunidade de Coxilha das Figueiras, interior de Encruzilhada do Sul, mobilizou-se ao longo dos últimos dias em busca da manutenção do funcionamento da Escola Municipal Ensino Fundamental Cassiano José Morales. O comunicado do possível fechamento foi realizado em uma reunião com os pais dos alunos, diretores, Secretaria da Educação e vice-prefeito.
A quatro dias do início oficial das aulas na rede municipal, a conversa serviu para que a Secretaria explicasse que o fechamento era uma opção devido ao alto custo da escola, que atualmente possui 37 alunos, além de 17 na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ao fim, determinaram que a decisão oficial seria do prefeito.
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A reportagem do Portal Gaz entrou em contato com o prefeito Benito Fonseca Paschoal, que em um primeiro posicionamento oficial sobre o caso, afirmou que a escola não será fechada. “Ajustes serão feitos, mas a escola não será fechada. Nós precisamos primar pela qualidade, pelo bom desempenho dos nossos alunos para que isso ocorra, mas, afirmo que a escola não será fechada”, ressaltou o prefeito de Encruzilhada do Sul.
Entre as alterações, ele destacou a volta do funcionamento da instituição de ensino de segunda a sexta-feira porque, atualmente, os alunos possuem aulas apenas três dias na semana. Ainda, sinalizou que não concorda com uma classe multisseriada, de alunos de diversas faixas etárias na mesma sala. O prefeito ainda comentou que existiu, de fato, um comunicado de cogitação da Secretaria da Educação em fechar a escola durante a reunião. O chefe do Executivo explicou que esteve ocupado com outras demandas e tomou a decisão nesta sexta-feira, 7, após se inteirar do assunto por completo.
Segundo relatos dos moradores, não é a primeira vez que eles vivenciam tentativas de fechamento da escola. Já o prefeito afirmou que essa situação aconteceu apenas neste ano. “Eu posso dizer que não tenho conhecimento e fazem quatro anos que sou prefeito”, disse Benito Paschoal sobre a situação.
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Os familiares temem pelo encerramento das atividades na instituição por uma série de motivos. Entre eles, a distância de outras escolas, visto que a comunidade está a cerca de 73 quilômetros do Centro de Encruzilhada do Sul. Os pais receiam que as crianças precisem pegar ônibus escolares sozinhas para outras localidades no caso de o educandário ser fechado.
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É o que teme a Graziela Bica, 42 anos, mãe de um estudante de 7 anos da escola. “A distância é muito longe, sem falar que as estradas não são boas. No inverno, o ônibus vive atolando e não tem sinal de telefone”, relatou.
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Além da problemática da distância, os pais temem que os jovens não se adequem às realidades da cidade. “Os meus filhos têm dislexia, só a gente sabe como foi a luta para eles passarem para o sexto ano. Eles saírem agora para outra escola, eles não aprenderiam, vão acabar desistindo de estudar. É muito difícil para estas crianças”, argumentou Rosane Batista, 34 anos, mãe de dois alunos, de 14 e 16 anos.
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