O possível fechamento de cartórios pelo país, incluindo o da 53ª Zona Eleitoral, com sede em Sobradinho, caiu como uma bomba em meio a um momento delicado da política nacional. E, rapidamente, uniu a comunidade regional para que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seja revista. Pelo município, já estão circulando abaixo-assinados nas ruas pedindo que o serviço não deixe de ser oferecido na região. Há pelo menos 50 folhas disponíveis para coleta de assinaturas, conforme a Câmara de Vereadores.
Ainda há incertezas sobre o futuro destes cartórios e das regiões com o rezoneamento. Por isso, a mobilização já é grande para evitar que Sobradinho perca seu cartório. Além da terra do feijão, são atendidos também na 53ª Zona Eleitoral os municípios de Ibarama, Lagoa Bonita do Sul, Lagoão, Passa Sete e Segredo. Juntos, somam mais de 32 mil eleitores. Uma mudança para outra zona eleitoral mais distante seria prejudicial não só para o eleitorado, mas também para agentes políticos e partidos.
Na manhã desta quarta-feira, 24, a chefe do Cartório Eleitoral, Maria Ignez Izolani, a juíza Vanessa Lilian da Luz, titular da Comarca de Sobradinho, e a promotora de Justiça Amanda Giovanaz participaram do Giro Regional da Rádio Gazeta FM e comentaram sobre a portaria do TSE. E as três mostraram repúdio a decisão, defendendo a tese de que o fechamento representa um retrocesso, principalmente porque há poucos meses se discutia a possibilidade de criação de mais zonas eleitorais no país.
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O QUE DISSERAM
“Não deram valor para a eficiência e a efetividade do Cartório. Pude presenciar a dificuldade que se tem de fiscalizar uma eleição. O ideal era que cada vez se tivesse mais proximidade”.
Amanda Giovanaz, promotora de Justiça
“Falando como cidadã, isso me parece uma represália em relação a Lava Jato. São resoluções feitas para diminuir o Judiciário. Isso vai estimular o transporte ilegal e a compra de votos nas eleições“.
Vanessa Lilian da Luz, juíza titular da Comarca de Sobradinho
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“Isso não é meramente a perda de um órgão público. Os efeitos são nefastos. Não acho justo que exista este retrocesso. Temos autonomia, independência“.
Maria Ignez Izolani, chefe da 53ª Zona Eleitoral
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