Os moradores de Monte Alverne foram cedo para a rua, apesar de ser domingo. O objetivo foi homenagear os colonos e motoristas e assistir os festejos alusivos ao dia dedicado a esses dois profissionais – 25 de julho. A programação da festa,  organizada pela Comunidade Católica Nossa Senhora de Lourdes da localidade, começou com missa às 8h30. Depois, seguiu com uma carreata,  que  mobilizou 372 veículos, entre automóveis, caminhões, motos, charrete e até máquinas. Em um dos caminhões, seguia uma animada bandinha.

Na carreata, o festejo também se deu da forma tradicional dos motoristas: com muito buzinaço e dirigindo em ziguezague. A procissão motorizada foi assistida por muitos moradores de Monte Alverne e localidades próximas, que se posicionaram nas calçadas, em pé ou sentados em cadeiras levadas para o local. Entre estes, estava Maria Melânia Chschscheti, 64 anos, de Linha General Osório. “Todos os anos venho participar dessa homenagem. É muito bonita”, observou ela. Na etapa final  da carreata, os padres Antônio Bremm e Valcir Manoel da Silva deram a benção aos veículos. 

Conforme o padre Bremm, a festa é um momento de ação de graças, de agradecer e bendizer o dom da vida, renovar a esperança, pedir força e motivação. Na benção, o padre disse pedir que os agricultores e condutores tenham seus desejos atendidos, que sejam sábios, entusiasmados e tenham sempre lucidez nas decisões.  O motorista Mauro Müller, 46 anos, com 15 anos de profissão, foi um dos que participou da carreata. No momento da benção, pretendia pedir sorte e segurança nas viagens.

O agricultor Mauri Luiz Kuntz, de 48 anos, que planta tabaco e outras culturas, pede a Nossa Senhora chuva, que está faltando para o plantio, e mudanças na situação política do país, pois “a corrupção está demais e afeta também o colono”. De acordo com Aurélia Englert, 74 anos, moradora de Monte Alverne, a festa  em  homenagem ao colono e motorista é tradicional no local e ocorre há cerca de 38 anos. O presidente da Comunidade Católica, Jair Schwerz, salienta que agricultores e motoristas são maioria na localidade, então a festa é uma homenagem à população local. Após a carreata, as comemorações continuaram no ginásio do Miguelão com almoço e, depois, a segunda etapa da Olimpíada Rural e outros festejos.