Com pouco mais de seis meses desde a posse dos membros e uma intensa atuação em prol da comunidade LGBTQIA+, o Conselho Municipal da Diversidade (Comudi), de Santa Cruz do Sul, prestou contas das atividades à prefeita Helena Hermany, no início da semana, quando uma comitiva foi recebida no salão nobre do Palacinho. Durante a reunião, o presidente do Comudi, Rubem Quintana, entregou para a prefeita, o relatório com as atividades realizadas no primeiro semestre e uma prévia do Plano de Ação do Comudi 2021-2022, ainda em construção.
No relatório, foram apontados eventos como a Escolha da Corte da Diversidade, o 1º Fórum da Diversidade, e medidas, consideradas de grande avanço na luta contra a discriminação e o preconceito, como o acolhimento mais digno a pessoas LGBTQIA+ em sala especial na Polícia Civil e parcerias com o Ministério Público, Projeto Pacto pela Paz, conselhos municipais, Projeto Ambitrans, GAJ e Curso de Psicologia da Unisc.
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Com relação aos primeiros seis meses de atuação do Comudi, Rubem avaliou como positiva a caminhada. “Mesmo num período marcado pela pandemia, o Conselho andou a passos largos e conseguimos evoluir muito construindo parcerias e realizando atividades fundamentais para a comunidade LGBTQIA+. Além de dar visibilidade à causa, o Comudi pautou o assunto em diversos meios, contribuindo muito para o debate de enfrentamento a todas as formas de preconceito e discriminação contra essa parcela da população, que é tão marginalizada”.
Para seguir avançando na conquista de direitos para a comunidade LGBTQIA+, o Comudi busca agora a criação de uma coordenadoria dentro da estrutura do governo municipal. O pleito, que já havia sido apresentado ao Executivo na metade do ano, foi formalizado no encontro, com a entrega de um ofício contendo a solicitação. De acordo com Rubem, a criação de um organismo específico para condução de uma política clara de promoção, apoio e fomento à comunidade LGBTQIA+, vai levar Santa Cruz do Sul a outro patamar. “Uma coordenadoria vai significar a vinda de mais recursos para a execução de demandas elencadas pelo Comudi e pela sociedade em geral. Com uma estrutura dentro do Executivo teremos condições de captar recursos em âmbito federal e estadual para colocar em prática ações de prevenção e enfrentamento à LGBTfobia em todo o município. Hoje estamos perdendo verbas por não contarmos com um organismo específico dentro da Administração”, enfatizou.
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Ao se manifestar, a prefeita Helena Hermany afirmou admirar a luta, o esforço e a obstinação daqueles que lutam pela causa LGBTQIA+ e disse que o município precisa caminhar na criação de mais serviços públicos e de estruturas qualificadas para atender a essa parcela da população. “Um gestor tem que olhar para todos os lados, ter empatia e se preocupar com todas as pessoas, porque todos os indivíduos têm particularidades e necessidades que precisam ser atendidas”, observou.
Em razão das limitações impostas pela legislação, que por causa da pandemia impede o aumento de despesas até o final do ano, a prefeita explicou que a demanda não poderá ser atendida em 2021, mas que no próximo ano será possível avançar na pauta. “Eu sei o quanto o preconceito dói e o quanto é importante evoluirmos nessas questões”, disse.
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