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OPINIÃO

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Duas quadras aproximam a praça Tamandaré do casarão que abriga a Academia Passo-Fundense de Letras. Proximidade que oportuniza tempo para ler os dizeres de duas placas incrustadas na praça: uma lembra as origens do Povoado de Passo Fundo, a outra registra que Anita Garibaldi e farroupilhas “aqui arrancharam a caminho do Norte do Estado”. Povoada pelas memórias, a praça respira centenários plátanos entre árvores que ainda ouvem seus pássaros. Sonoridade rapidamente surpreendida pelo tonitruar dos carros da Avenida Brasil, que precisa ser atravessada para se chegar ao prédio da “porta alta”, onde, entre os dias 17 e 19 deste novembro, aconteceu o 3º Congresso Estadual das Academias de Letras.

O evento, organizado em exitosa parceria entre a Academia Rio-Grandense de Letras e a Academia Passo-Fundense de Letras, alinhou-se do passado ao futuro, com acento na atualidade das Academias de Letras do Estado. Logo na abertura, em mesa coordenada por Marilise Brockstedt Lech e Rafael Bán Jacobsen, em sua conferência sobre as “Academias de Letras através dos tempos e lugares”, o escritor Agostinho Both evocou partilhas ao conclamar que fôssemos pródigos na divisão de nossas experiências, no sentido de buscar ampliadas aproximações entre escritores e leitores. Aproximação também entre Academias de Letras e comunidades, que Airton Ortiz, presidente da diretoria solenemente empossada durante o Congresso de Passo Fundo, pretende aprimorar.

Daqui a dois anos, em Santa Cruz do Sul, indicada para receber o evento, poderemos experienciar o encanto partilhado do 4º Congresso Gaúcho das Academias de Letras. Tão logo comunicada da possibilidade, a prefeita Helena se mostrou vivamente interessada, ao tempo em que Romar Beling, presidente de nossa academia, lembrou, em motivadora convergência, que em 2024 se completarão 200 anos da imigração alemã em nosso Estado.

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Assim, a tantos outros eventos significativos de nosso município, soma-se, em mais um formato cultural, a possibilidade de nos congregarmos em laços literários ecoados de todos os recantos deste diversificado Estado. Diversidade que encontra nas letras surgências. Estas, criativas e igualitárias, brotadas das mentes, natureza, praças, prédios e ruas; memórias e anúncios; completudes e também dos instigantes vazios. Se lá os plátanos nos saudaram, aqui as tipuanas já se engalanam receptivas.

LEIA MAIS TEXTOS DE JOSÉ ALBERTO WENZEL

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