Categories: Jaqueline Weigel

Como se adaptar a mudanças

Em 11 anos de trabalho com coaching, conheci pessoas que não sabiam muito bem onde estavam ou o que queriam nos próximos anos. Hoje tem sido comum ouvir que há uma busca por mudança, que começa com alguma insatisfação ou com um chamado inconsciente de que um ciclo diferente se aproxima. Objetivos de vida não podem mais se resumir em sucesso, felicidade, riqueza ou reconhecimento. Essas são respostas padrão para quem no fundo não sabe o que quer ou responde apenas a questionamentos rasos. Estamos em um momento de questionamentos existenciais profundos. A busca tem sido o reencontro com a identidade, a construção de uma forma autêntica de vida, a migração para trabalhos que tragam brilho aos olhos e luz à alma. Parece poético, mas não é. Finalmente o ser humano entendeu que pode TER e SER, mas que o primeiro é vazio sem o segundo.

Durante muito tempo quisemos coisas e criamos longas listas de ações para conseguir o que elegemos como objetivo. No mundo complexo funciona de outra forma: é preciso olhar para dentro, responder a questões essenciais e em cima disso traçar um plano, que tem muito mais um tom de experimentação do que de planejamento e controle de riscos.

Estamos em busca de uma vida melhor, de uma sociedade mais consciente, de acesso ao mundo, de liderança inclusiva e inspiradora, de negócios sustentáveis e carreiras dinâmicas, regadas a realizações plenas. Como pessoas, temos que voltar à nossa origem, ao ponto de partida da vida, não para nostalgias, mas para lembrar quem somos na essência, o que queríamos quando crianças, que talentos nos acompanham a vida inteira, o que temos de diferente, de valoroso, onde estamos e o que queremos construir para nossas vidas.

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Como membros da sociedade, precisamos nos engajar com a comunidade, trabalhar em prol do bem comum, tornar-nos politizados e entender que enquanto todos não ficarem bem, ninguém estará. O impacto social do que fazemos passou a ser muito relevante. O grande legado de uma pessoa é sobre a importância que ela teve e as marcas que deixou por onde passou. Sejamos úteis ao mundo.

Nas empresas, novas portas se abrem. Uma multidão de novos negócios de alto impacto social, investidores com boas cifras, ideias criativas e formas de trabalhar abertas. Chega de grandes empresas ditando regras de mercado e promovendo negociações unilaterais. Algumas empresas médias hoje são mais ricas, mais poderosas e mais interessantes.

Na liderança, o velho modelo de chefia autoritária definitivamente caiu. Novos líderes inspiram, trabalham junto com as equipes, aprendem, ensinam, engajam pessoas entendendo como elas funcionam. Essas habilidades não dependem de consertos ou treinamentos em universidades conceituadas, são habilidades naturais. Em grandes centros, há celeiros cheios de novidade. Ecossistemas de startups, eventos gratuitos, palestras impactantes e cursos de nano degree formando profissões do futuro. Os temas são transformadores e as novidades nos embriagam e encantam ao mesmo tempo.

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