A travessia pela ponte móvel instalada no quilômetro 153 da RSC-287, entre Candelária e Novo Cabrais, foi liberada na manhã dessa sexta-feira, 17. O trecho estava totalmente bloqueado há 19 dias, devido à desestabilização de uma galeria. Minutos antes da abertura, que ocorreu às 8 horas, os veículos já começavam a formar filas que, em alguns momentos, chegaram a mais de dois quilômetros. A lentidão acontece em razão dos limites de peso e velocidade permitida sobre a armação e já era esperada pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), que administra o trecho.
A ponte do modelo Bailey tem 34 metros de extensão mais duas rampas de sete metros em cada extremidade. A capacidade é de 30 toneladas e são permitidos veículos com até quatro eixos. Já a velocidade máxima percorrida deve ser de 20 quilômetros por hora. O controle do fluxo está sendo feito por funcionários da EGR e, até o final da tarde dessa sexta-feira, a previsão era de que dois semáforos manuais fossem instalados. Por vez, estavam sendo liberados de 20 a 30 veículos. A espera média era de 20 minutos mas, em alguns momentos do dia, chegou a quase uma hora.
O caminhoneiro Joel Silveira, que vinha no sentido Santa Cruz/Santa Maria, precisou realizar uma manobra especial para atravessar a armação. Ele dirigia um veículo bitrem vazio, pesando 24 toneladas, mas com nove eixos. A recomendação da EGR, portanto, foi para que Silveira desengatasse o veículo e atravessasse uma parte de cada vez. “O transtorno é um pouco complicado, mas a gente vai dando um jeitinho”, comentou.
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Com a liberação da rodovia, o movimento nos desvios pelas estradas vicinais e pela propriedade da família Haetinger, onde uma tarifa de R$ 2,00 vinha sendo cobrada, diminuiu consideravelmente já nos primeiros momentos dessa manhã. Caminhões maiores, no entanto, continuavam desviando pela localidade conhecida como Corredor dos Renner, cuja entrada fica a cerca de 1,3 quilômetro da ponte provisória. A recomendação das autoridades é que esses veículos desviem por Pantano Grande, via BR-290.
Construtora carioca vai erguer a ponte definitiva
A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) definiu na última quinta-feira a construtora DW Engenharia, do Rio de Janeiro, como responsável pela construção do pontilhão permanente que vai substituir a galeria danificada na RSC-287. Inicialmente, o presidente da estatal, Nelson Lídio Nunes, havia dito que, por ter caráter emergencial, a obra dispensaria um processo licitatório. No entanto, um funcionário da empresa afirmou que o processo aconteceu e a licitação teria sido vencida nessa quarta-feira pela empresa carioca. Após a assinatura da ordem de serviço, os trabalhos devem começar em até cinco dias.
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