Eles nem sempre são bem-vistos, sobretudo por ter fama de arrecadadores, mas é fato que basta obter um pouquinho de informação a respeito para entender a importância dos equipamentos eletrônicos de fiscalização no trânsito. Estes dispositivos são eficientes instrumentos de segurança viária e excelentes geradores de dados para a gestão da mobilidade urbana, ajudando assim a poupar vidas e melhorar a fluidez viária.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os acidentes de trânsito constituem a nona causa de mortes em todo mundo. Uma em cada três colisões fatais é ocasionada por velocidade excessiva ou inapropriada. No combate a esse mal, os equipamentos de fiscalização como as lombadas eletrônicas, por exemplo, são muito efetivos.
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Pesquisa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) relaciona este tipo de dispositivo à redução de 60% de óbitos e 30% de acidentes no trânsito. Levantamento da instituição de ensino superior Ibmec/RJ estima que, para cada unidade instalada, são evitados pelo menos três óbitos e 34 colisões por ano nas estradas brasileiras; e ainda, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) atesta que a presença deste recurso em pontos críticos das rodovias federais e em trechos de vias urbanas contribuiu para o decréscimo em aproximadamente 70% dos acidentes de trânsito.
Nosso País é um dos pioneiros na utilização da fiscalização eletrônica de velocidade através de equipamentos fixos, com a implantação das primeiras lombadas eletrônicas há mais de 25 anos. Além de ajudar a evitar a irreparável perda de vidas e os transtornos e limitações no dia a dia de sobreviventes de acidentes, os dispositivos também representam economia financeira, pois uma apuração do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e Associação Nacional de Transporte Público (ANTP), mostra que cada acidente com morte nas rodovias federais custa aos cofres públicos no mínimo R$ 144 mil para acidentes com morte e R$ 17 mil quando há feridos.
É por resultados como estes que a OMS recomendou o uso de dispositivos eletrônicos no documento Gestão da velocidade: um manual de segurança viária para gestores e profissionais da área, publicado mundialmente pela instituição em 2008.
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Disciplinar os condutores a tirar o pé do acelerador e, assim, contribuir para a segurança no trânsito não é a única funcionalidade dos equipamentos eletrônicos de fiscalização. Os dispositivos geram informações importantes para a gestão e a consequente melhoria da mobilidade urbana.
O gerente de Relações Institucionais da Kopp Tecnologia de Vera Cruz, uma das mais conceituadas empresas no segmento, Carlos Sehnem, explica que “a partir do equipamento, é possível gerar informações estatísticas, tais como quantidade de veículos que trafegam pela via, horários de tráfego, velocidade praticada na via e tipos de infrações, contribuindo para que o órgão gestor de trânsito tenha recursos para agir com relação à mobilidade urbana e redução dos níveis de acidentalidade”.
Além disso, a visão da Kopp é de que o trânsito não se compõe apenas de veículos e motoristas. Os pedestres e os ciclistas representam o elo mais frágil e menos ouvido, com menos voz nesta equação. “Nossos equipamentos são valorizados por aqueles que andam a pé, que transitam por meios não-motorizados nas vias, pois criam áreas mais seguras, com velocidade reduzida dos veículos”, destaca Sehnem.
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