Organizar as finanças deveria fazer parte das principais atividades de cada pessoa e família, ainda mais quando se pretende facilitar o compartilhamento de dados entre os integrantes do núcleo familiar. E a tecnologia pode ser uma grande aliada para essa tarefa. Com o uso de aplicativos, plataformas e ferramentas digitais é possível acompanhar os gastos, investir o dinheiro, planejar o orçamento e até mesmo economizar nas compras.

O uso da tecnologia para as finanças pessoais, já assumida por milhões de brasileiros, facilitam a realização de transações financeiras de forma rápida, segura e sem custos, valendo-se apenas de um celular ou computador para fazer pagamentos, transferências e a compra de produtos e serviços. Um dos exemplos mais expressivos é a utilização do Pix para pagar e receber valores e que tem batido recordes de transações diárias, sem que as pessoas percebam que estão usando uma tecnologia que envolve empresas de comunicação de dados, instituições financeiras e clientes.

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Uma das formas de organizar as finanças pessoais e familiares é através de aplicativos de controle financeiro. Esses aplicativos permitem que se registre todas as receitas e despesas, podendo agrupá-las por tipo. Com os apps, também é possível preparar um orçamento, definir metas, compartilhar dados com as contas bancárias e as operadoras dos cartões de credito. Os apps ainda oferecem gráficos e relatórios, com os quais é possível visualizar a situação financeira, identificar onde economizar e planejar a realização de sonhos.

Dentro do uso da tecnologia para as finanças pessoais, algumas plataformas permitem acessar diversos produtos financeiros, como renda fixa, renda variável, previdência, etc. Algumas plataformas também oferecem serviços de assessoria, educação financeira, análise de mercado e robôs de investimento que podem ajudar a escolher as melhores opções, de acordo com o perfil e os objetivos do cliente. 

Como se vê, a tecnologia pode ser uma grande aliada para automatizar e otimizar as finanças pessoais e familiares. Mas, como tudo na vida, a utilização de aplicativos para gerenciar as finanças tem um lado positivo e outro negativo. Os aplicativos geram economia de tempo, tirando o trabalho das pessoas de ficar anotando tudo. Com tudo automatizado, a pessoa pode esquecer de acompanhar as contas, o que significa verificar se os valores debitados ou creditados estão corretos.

Um cliente de concessionária de energia elétrica, com o pagamento autorizado para débito em conta no banco, levou um susto quando recebeu um aviso de que sua última conta não havia sido liquidada por falta de saldo na conta bancária. Ao verificar a fatura de energia, constatou que o valor saltou da média mensal de R$ 300,00 para mais de R$ 2 mil, devido a um erro de leitura. É fundamental entender que a tecnologia para finanças pessoais e familiares, seja por apps ou débito em conta, são apenas  uma forma digital de efetuar as transações, mas que os valores precisam ser analisados.

Muitas pessoas podem ficar em dúvida: usar os métodos mais tradicionais, como planilhas ou até mesmo cadernetas, ou apps para administrar e controlar suas finanças? Em qualquer um deles, há o risco de esquecer de postar no aplicativo ou anotar na caderneta ou planilha qualquer movimentação financeira. A pessoa tem que se policiar porque se deixar para depois, acaba esquecendo ou até abandonando a providência.

Muitas vezes, é depositada uma expectativa muito grande em cima das ferramentas como se elas fossem resolver a vida financeira. Independente da ferramenta escolhida – cadernetas, planilhas ou aplicativos – elas servem apenas de apoio no registro das finanças. O simples ato de acompanhar os lançamentos na conta corrente e na fatura do cartão de crédito já pode influenciar na tomada de decisões dos gastos no dia a dia. O segredo está em cada um fazer sua própria organização financeira.

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