A forma como o cérebro humano codifica as palavras faladas ainda é um mistério. Um grupo de pesquisadores, no entanto, deu um passo importante para responder a pergunta. Os cientistas mapearam os neurônios que codificam palavras e descobriram indícios de que o cérebro cria categorias para classificá-las e, assim, consegue dar sentido aos sons ouvidos.
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- O grupo de pesquisadores recrutou 10 pessoas que iriam passar por uma cirurgia para epilepsia e que, por conta da condição médica, tinham eletrodos implantados em seus cérebros.
- Os aparelhos possibilitaram o registro da atividade de cerca de 300 neurônios do córtex pré-frontal, a região do cérebro que determina o significado semântico das palavras.
- “Registramos a atividade de células únicas no córtex pré-frontal esquerdo, dominante para a linguagem, enquanto os participantes ouviam frases semanticamente diversas”, diz o artigo, publicado na revista científica Nature.
- Os pesquisadores, então, observaram a relação entre palavras que ativaram uma mesma atividade dos neurônios.
- O grupo notou que as categorias que o cérebro atribuiu às palavras eram parecidas entre os participantes, o que sugere que os humanos agrupam os significados da mesma forma. Os neurônios do córtex pré-frontal não distinguiam palavras apenas pelos seus sons, mas também pelos seus significados. Os testes foram realizados em inglês.
- Quando uma pessoa, por exemplo, ouviu a palavra “filho” (“son”, em inglês) em uma frase, o campo associado a membros da família se ativou. Mas, apesar de terem a mesma pronúncia, os neurônios não responderam da mesma forma à palavra “sol” (“sun”, em inglês).
“O contexto da frase é essencial para nossa capacidade de captar o significado e desempenha um papel fundamental na compreensão da linguagem. A perda do contexto da frase, por outro lado, diminuiu a capacidade dos neurônios de diferenciar entre representações semânticas”, conclui o estudo.
O próximo passo proposto pelos pesquisadores é investigar o comportamento da atividade dos neurônios em outras línguas e em pessoas bilíngues. “Resta descobrir se representações semânticas semelhantes seriam observadas e se o acesso aos significados das palavras na compreensão e produção da linguagem geraria respostas semelhantes.”
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Carina WeberCarina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.