Os candidatos Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB) disputam o segundo turno nas eleições estaduais após confirmação de um cenário muito diferente do que se esperava. Onyx liderou as apurações, alcançando 37,50% dos votos válidos, enquanto que Leite, apontado como favorito durante toda a campanha, travou uma batalha pelo segundo lugar com Edegar Pretto (PT) que se estendeu até o último instante da apuração. Ao fim, Leite teve 26,81% e Pretto alcançou 26,77%.
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Leite votou em Pelotas e acompanhou a apuração na casa dos pais. A agenda divulgada inicialmente previa uma coletiva às 21 horas em Porto Alegre, mas a indefinição sobre o resultado até o último instante mudou os planos.
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Quando se pronunciou, ainda na terra natal e minutos após a confirmação de que estaria no segundo turno, Leite atribuiu o desempenho inferior a algo previsto pelas pesquisas: a influência da mobilização pelo voto útil a Lula na reta final da campanha presidencial e o movimento de resistência do eleitorado bolsonarista a isso.
“Sabíamos que a audiência que a eleição nacional consumia acabaria interferindo no cenário local”, disse. O tucano alegou, porém, que o seu êxito representa uma superação da polarização nacional, já que não se alinhou nem a Lula e nem a Jair Bolsonaro. “Somos uma das poucas candidaturas que resistiu a esse quadro e está no segundo turno das eleições sem ter parte nessa guerra que o País enfrenta nacionalmente.”
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Em um indicativo de que seguirá tentando se descolar da polarização no segundo turno, disse que o Rio Grande do Sul “não pode ficar nos próximos quatro anos vivenciando a guerra que foi estabelecida no campo nacional” e afirmou que “ser ponderado não é estar em cima do muro”. Quanto a buscar ou não o apoio do PT – o que pode ser decisivo no resultado final da eleição –, disse que atua “no campo do diálogo”, apesar das “diferenças bastante fortes” com o PT.
Quando Onyx se manifestou, no comitê em Porto Alegre, ainda não havia definição sobre quem enfrentaria no segundo turno. Antes de falar, o ex-ministro deu a palavra à esposa, que participou ativamente de toda a campanha. Denise afirmou que a vitória no primeiro turno foi uma “resposta de Deus” e conduziu uma oração.
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Em sua fala, na qual também fez referência a Deus em diversos momentos, Onyx voltou a mencionar a esposa. “Se eleito, vou pegar na mão dessa mulher e vamos andar pelo Rio Grande durante toda a semana”, afirmou. Disse ainda que dará sequência à campanha “com a mesma garra, a mesma fé e a mesma determinação de poder fazer o Rio Grande do Sul ser recolocado no lugar de destaque que merece”. “Não importa com quem vamos disputar o segundo turno. O que importa é a vida das famílias gaúchas”, disse.
Embora não tenha citado nenhum adversário, Onyx repetiu críticas veladas a Leite feitas na campanha. “O Rio Grande não precisa mais de governantes que se tranquem no palácio e fechem tudo. Precisamos de governantes que vão ao encontro das pessoas”, alegou. Quando questionado sobre o fato de não ter liderado as pesquisas, Onyx voltou a afirmar que não acredita nos institutos.
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No ato, os militantes ainda entoaram um Parabéns a Você para Onyx, que completa 68 anos nesta segunda-feira, 3. Ele também disse que irá, já a partir da tarde desta segunda, buscar novos apoios.
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