Inovar não é mais uma opção. A mudança de foco na gestão é crucial para quem quer continuar saudável no próximo ano. Cliente no centro é a ordem de todo o planeta. É irrelevante o que o dono do negócio ou os acionistas desejam no curto prazo, porque, na nova economia, para conseguir algum tipo de resultado em todas as esferas, é preciso entender claramente o que o cliente precisa e espera das empresas de produto e serviço. Produto também virou serviço, e vender bem é só uma pequena parte de toda jornada de consumo.

Empresas tradicionais do mercado acreditam que seu nome estará no topo sempre, pelo tempo de existência ou pelo público fiel, que já não existe mais. Conhecer o cliente, oferecer uma jornada de experiências onde todos os pontos de contato são encantadores, personalizar, antecipar e evitar o empurra-empurra de vendas casadas ou ocultas é o mínimo na era digital.

Muitos gestores planejam mal, outros sequer têm uma boa estratégia para os próximos 12 meses do negócio. Mantêm o foco em resultados de curto prazo, numéricos, como se isso garantisse o sucesso nos próximos ciclos. Até quando vamos correr atrás de metas sem entender que o resultado vem da soma de muitos outros ingredientes? Essa velha maneira de fazer negócio já se provou um fracasso no mundo digital.

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Objetivos claros, construídos pelas pessoas envolvidas, regados a compromisso com os dilemas sociais, com sustentabilidade, diversidade, boa experiência de colaboradores e clientes é o mínimo que o mercado de consumo deve oferecer às comunidades compradoras. Modelos obsoletos ainda se apoiam em um planejamento estratégico ultrapassado, e continuam existindo apenas por inércia, sem nenhuma visão da realidade atual ou futura. É esse tipo de negócio que um evento como a pandemia pega de cheio.

Muita coisa em nossa região ainda dá certo, mas algumas empresas clássicas estão perdendo mercado e reputação rapidamente, e nem sequer se dão conta disso. Este é um importante sinal de alerta para os gestores: sem uma estratégia moderna e uma rápida adaptação, não há futuro ou continuidade possível.
Empresas tradicionais perdem mercado para empresas digitais, que atendem o cliente de forma mais ampla, inteligente e barata. Este será o mercado majoritário dos próximos anos: pulverizado, onde o consumidor tem múltiplas escolhas.

A inovação ainda engatinha em nossa região, e poucos sabem de fato como funciona um negócio digital. Na região, 67% das pessoas sinalizam que ainda não sabem como inovar. Temos dificuldades de trabalhar em colaboração, feedback recebido de diferentes fontes sobre os hábitos enraizados dos gaúchos. Queremos fazer as coisas do nosso jeito, estar certos, e imaginar que somos melhores que o resto do país.

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Inovar no século 21 tem um caminho testado, contrário ao caminho que conhecemos. Abraçar essa jornada é dar uma chance para que um negócio atual tenha alguma possibilidade de sobreviver na próxima década.

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