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Santa Cruz

Como foi o primeiro dia do uso de máscaras nos ônibus

Foto: Rafaelly Machado

Já está em vigor a medida que obriga os usuários de ônibus de Santa Cruz do Sul a utilizarem máscara durante o trajeto no transporte urbano, além de só serem transportadas pessoas sentadas. A determinação foi anunciada pelo prefeito Telmo Kirst na última quarta-feira e serve para aumentar a segurança de quem utiliza os veículos diariamente, evitando a disseminação do novo coronavírus.

Os motoristas dos veículos estão autorizados a não aceitarem o embarque de quem não estiver com a proteção facial. O secretário municipal de Saúde, Régis de Oliveira Júnior, explicou que o objetivo é proteger a população. “O decreto municipal já prevê o uso em estabelecimentos comerciais e mercados. Agora começou a valer também nos ônibus, em virtude do aumento no volume de pessoas que utilizam o transporte coletivo.”

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Para o gerente do Consórcio TCS, Zaqueu Forgiarini, a determinação do uso de máscaras nos ônibus foi um acerto da Administração Municipal. “É uma excelente ação protetiva. Serve para resguardar quem está usando e também as pessoas próximas dentro no veículo”, ressaltou. Conforme ele, o TCS sempre priorizou as medidas de higiene, mesmo antes da pandemia. Contudo, uma maior quantidade do álcool em gel precisou ser adicionada aos gastos da empresa.

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“Sempre tivemos o produto disponível ao lado do cobrador, só que agora as pessoas estão usando com mais frequência, então a reposição é muito grande.” Com a impossibilidade de os usuários ficarem de pé dentro dos ônibus, a capacidade de passeiros por linha cai de cerca de 60 para 38. Atualmente, são 22 ônibus disponíveis para atender a população de Santa Cruz do Sul, além de reforços quando necessário. “O que antes era feito com dois veículos, agora necessitamos de três. Linhas como Esmeralda–Flamengo, Murtinho e Carlota–Rauber são exemplos de itinerários que precisam de ônibus adicionais para contemplar os usuários”, explicou Zaqueu.

Ele também defende que, no futuro, seja autorizada uma maior flexibilização no transporte. “Já existe o álcool em gel à disposição, as pessoas estão usando máscaras; então, pensamos que comportaria uma quantidade mínima de pessoas – até dez – sendo transportadas de pé”, afirmou. “Ainda haveria o distanciamento, sem aglomeração e perigo. É complicado, pois se registram momentos em que há quatro bancos disponíveis, mas seis pessoas para entrar no ônibus. O motorista fica em uma situação delicada sobre quem pode ou não entrar.”

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Conscientização da maioria
A Gazeta do Sul acompanhou o primeiro dia da obrigatoriedade do uso de máscaras no transporte urbano de Santa Cruz do Sul e constatou a adesão da grande maioria dos usuários. “É bem importante, pois é um ambiente fechado, sempre com muitas pessoas que trabalham em diversos lugares e têm diferentes idades. Achei a medida correta”, comentou Liédi da Rosa, de 33 anos. Para Juliana de Carvalho, 28, serve para evitar a transmissão do coronavírus entre os usuários dos ônibus. “Até mesmo pela quantidade, a necessidade de evitar a disseminação parte de cada pessoa, independente de a máscara ser obrigatória ou não”, ressaltou.

Mesmo que a grande maioria das pessoas esteja consciente da necessidade de utilizar o equipamento dentro dos ônibus, a reportagem flagrou um usuário entrando e permanecendo sem a máscara dentro do coletivo. “A orientação é que se o passageiro estiver sem máscara, não pode embarcar. Infelizmente, algumas vezes o cobrador não percebe e, quando fala, as pessoas dizem que precisam tomar remédio, falar ao telefone… Não é simples mantermos em ordem, mas estamos orientando nossos funcionários a ficarem atentos e, sem criar nenhum atrito, solicitar o uso da máscara”, disse Zaqueu Forgiarini.

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Horário específico para gratuidade
Além da obrigatoriedade do uso de máscara, a Secretaria de Transportes, Serviços e Mobilidade Urbana determinou outras medidas que passaram a vigorar ontem. Dentre elas está a gratuidade para pessoas com mais de 65 anos, que fica limitada aos períodos entre 9 horas e 11 horas e entre 14h30 e 16 horas. Fora desses espaços, os idosos precisam pagar a passagem. A Prefeitura promete fiscalizar o transporte urbano para evitar o descumprimento das novas regras. Segundo o Palacinho, o prazo das medidas sobre o transporte segue o decreto de calamidade pública, inicialmente válido até 19 de maio, podendo ser novamente prorrogado.

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