Começo esse post me apresentando. Prazer, meu nome é Mirella, e sou estudante de Moda. Faço meu estágio curricular na Gazeta e escrevo alguns posts aqui no Elas. Quero compartilhar um pouquinho com vocês de como é o curso que tem meu coração.
Se você acha que estudar moda, assim como o mundo da moda, é só glamour, desculpe a desilusão, mas isso quase não existe por aqui. E se você acha que é só futilidade, continue lendo até o final e mude de ideia!
Os cursos superiores de moda no Brasil são bem jovens, tendo iniciado o primeiro em torno de 30 anos atrás. Só no Rio Grande do Sul, tem pelo menos nove instituições com graduação de moda, podem ser elas bacharelado ou tecnólogo, que é diferente de um curso técnico.
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O que muda de um curso bacharel ou tecnólogo? Eu tive a experiência de estudar nos dois. No fundo não muda muita coisa, em ambos o profissional sai com as mesmas capacitações e conhecimentos. Mas no bacharelado há mais disciplinas. A essência é a mesma! O que muda mesmo é a duração, que varia entre 2 a 3 ou de 4 a 6 anos, no mínimo.
A primeira questão de muita gente que tem interesse em estudar moda é: precisa saber desenhar? Não precisa não. Eu por exemplo, não gosto muito e nem sei, mas enfrentei todas as cadeiras de desenho e sobrevivi.
Outra coisa muito legal são as cadeiras de costura e modelagem. E também não precisa saber antes de começar a estudar, tudo se aprende durante o curso. Nessas cadeiras dá pra sair com várias peças novas pro teu guarda-roupa e dizer que foram feitas por ti.
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Aprendemos também como criar uma marca, os custos para mantê-la e como desenvolver coleções. Um pouco sobre pesquisa de moda (como interpretar o que será tendência) e muito de história, que começa ainda na pré-história. Também descobrimos como produzir os editoriais de moda que vemos nas revistas, e as fotografias para fazermos essas produções. Marketing e comunicação também são disciplinas dos cursos.
Sempre muda um pouco de instituição para instituição, mas basicamente são as mesmas cadeiras. Alguns lugares tem foco mais voltado para a criação e outros são mais gerais, cabe a cada um escolher qual é o de sua preferência.
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Já na faculdade entendemos que qualquer segmento desta área envolve muito trabalho e dedicação. É importante saber que por trás de todo o luxo que vemos envolvido na moda, há muito lixo. E é obrigação de todos nós lutarmos por uma moda mais inclusiva e limpa. Nos bastidores tem muita coisa para ser revista e melhorada.
Ao contrário do que muita gente pensa, a moda não é fútil e leviana, há muito por trás. Jamais diga não se importar com a moda, ou que ela não faz parte da tua vida. Cada peça de roupa que usamos é moda, não importa o valor que ela tenha te custado, houve bastante trabalho até ela chegar a você. Há muito estudo para a escolha do tecido de cada peça, muita história estudada para o desenvolvimento de coleções e busca por novas tecnologias que melhorem nossa vida por meio das roupas.
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Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) a indústria têxtil é a segunda maior empregadora da indústria de transformação no Brasil. É também o segundo maior gerador do primeiro emprego. Nosso país é referência mundial nesse setor e devemos nos orgulhar disso.
Por moda podemos entender muitas coisas, mas resumindo é um processo lindo que vai muito além de combinar a roupa para o trabalho.
Eu espero que vocês possam ter aprendido pelo menos um pouquinho mais sobre esse assunto que faz tantos olhos brilharem e tantos sonhos se desenvolverem e realizarem. Nós fazemos moda por amor e queremos transformar o mundo, como pudermos, por meio dela.
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Na semana passada meu curso lindo, na Univates, recebeu nota 5 no Enade, uma avaliação feita pelo MEC um tempinho atrás. Essa é a nota máxima. Estamos entre as melhores do país. Para quem mora aqui em Santa Cruz ou na região e se interessa pelo curso, faz uma visitinha lá, sempre terá alguém pronto pra te receber cheio de amor.
PS: As fotos deste post são do nosso laboratório de costura na Univates
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